A capela mortuária que acolherá os restos mortais do servo de Deus monsenhor Alderigi Maria Torriani, foi inaugurada com missa do arcebispo de Pouso Alegre (MG), dom José Luiz Majella Delgado no santuário de santa Rita de Cássia, em Santa Rita de Caldas (MG).

Monsenhor Alderigi Maria Torriani em 1895, em Jacutinga (MG). Foi ordenado em Pouso Alegre em 1920. Foi vigário em Brasópolis (MG), por alguns meses e em seguida esteve à frente da paróquia de Camanducaia (MG). Em 1927, foi transferido para a paróquia santa Rita de Caldas, local, para tratar uma tuberculose. Em 1932 foi transferido para Camanducaia. No ano seguinte, voltou a santa Rita de Caldas.

Segundo a página oficial da Postulação das Causas dos Santos, monsenhor Alderigi era um homem de oração e ficava horas diante do Sacrário. Por ser devoto de Nossa Senhora, acrescentou “Maria” a seu próprio nome. Ele era austero, vivia na pobreza e sempre ajudava os mais necessitados, criando em sua paróquia o banco dos pobres, para pagar alimentos e remédios.

Durante a sua administração, a paróquia santa Rita de Caldas tornou-se santuário e recebeu em 1957, uma réplica do corpo de santa Rita, que se encontra em Cássia, na Itália. Foi também a partir desta época que começou a se difundir a fama de santidade dele. Muitas pessoas relatavam terem recebido graças de Deus depois de conselhos e bênçãos do sacerdote.

Ele morreu em casa aos 82 anos, em 1977. Logo depois de seu sepultamento muitos fiéis começaram a peregrinar a seu túmulo. A arquidiocese de Pouso Alegre, com a autorização da Congregação das Causas dos Santos, iniciou em 3 de fevereiro de 2001, sua causa de beatificação e canonização.

Dom José Luiz Majella Delgado disse em sua homilia na inauguração da capela que, em dezembro último, a arquidiocese iniciou a positio, fase na qual todos os documentos que foram colhidos na paróquia santa Rita, desde a sua infância até a sua morte e as graças concedidas, foram compilados enviados para o Dicastério das Causas dos Santos, no Vaticano. 

“Este material agora está nas mãos de peritos, teólogos, cardeais, que estão estudando todo o material para reconhecer as virtudes do padre Alderigi”, disse dom Delgado. “Com a Igreja reconhecendo as virtudes do padre Alderigi, ele se torna venerável”. É necessária a comprovação de um milagre para o venerável passar a ser beato e mais dois para a canonização.

Para dom Delgado, a trasladação dos restos mortais do servo de Deus para a capela mortuária “é um movimento que traz vida”.

“Uma Igreja viva que vem aqui de joelhos, se coloca diante dos restos mortais deste sacerdote que aqui buscou a santidade”, disse o arcebispo.

“Que nós possamos levar isso à frente. Se queremos que o padre Alderigi seja santo, nós também precisamos nos esforçar e nos dedicar no caminho da santidade. A santidade é uma conquista do amor de Deus”, destacou dom Majella.

Depois da missa, os restos mortais do servo de Deus foram levados dentro de uma urna para a capela mortuária que fica no interior do santuário, ao lado direito do presbitério, onde dom José Luiz Majella realizou uma bênção. Em seguida, eles foram depositados em um túmulo fechado para a veneração dos devotos.