“Há o conceito de religiosidade popular na Igreja da América Latina, no entanto, muitas pessoas vivem como se Deus não existisse e esse é, de fato, um grande desafio”, disse o secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin na coletiva de imprensa do primeiro dia da 61ª assembleia geral da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) que começou hoje (10) em Aparecida (SP).

Com o tema “A realidade da Igreja no Brasil e a atualização de suas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora”, a assembleia começou com uma missa no Santuário Nacional às 7h, celebrada pelo arcebispo de Porto Alegre (RS), dom Jaime Spengler, presidente da CNBB.

Parolin falou do encontro que teve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o cardeal, os dois conversaram sobre o acordo Brasil-Santa Sé e a relação entre Igreja e Estado, além da “preocupação comum entre o papa e o presidente com a pobreza” e “a preocupação da Igreja e do governo brasileiro com a paz".

O cardeal disse que foi convidado pela CNBB para vir ao Brasil para propor reflexões baseadas em "comunhão, participação e missão" sobre sinodalidade no início da assembleia.

Dom Spengler disse que haverá um momento de análise de conjuntura sociopolítica e econômica e também um momento de análise de conjuntura eclesial para a elaboração das novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE).depois do retiro dos bispos na assembleia, que vai de hoje (10) até sexta-feira (12).

A assembleia ocorre até 19 de abril.