O bispo de Hualien, Taiwan, dom Philip Huang Chao-ming, falou às vítimas do terremoto que atingiu ontem (3) a costa leste da ilha asiática e que até agora deixou dez mortos e mais de mil feridos.

O terremoto de magnitude 7,4, o mais forte dos últimos 25 anos, teve seu epicentro a cerca de 18 quilômetros da cidade de Haulien. Segundo informações, há cerca de 127 pessoas presas, das quais 77 estariam nos túneis das montanhas Jinwen e Qingshui.

Segundo Asia News, dom Huang Chao-ming informou em comunicado que entraram em contato com todas as paróquias para lhes oferecer proximidade e assistência. “No momento, com exceção de alguns objetos em algumas paróquias que caíram no chão ou foram danificados e precisam de reparos, não há relatos de danos graves”, disse.

“Continuamos aqui para estar atentos às necessidades e ajudar prontamente nos trabalhos de organização. Deus lhe conceda paz! “Deus abençoe Taiwan!”, disse ele.

Em declarações divulgadas pela Asia News, o padre e missionário xaveriano Giuseppe Matteucig disse que atualmente o país está mais preparado para enfrentar os terremotos.

“Esta manhã, quando ocorreu o terremoto, eu estava no metrô, no subsolo: obrigaram-nos a descer e mantiveram tudo fechado durante pelo menos uma hora para verificar se estava tudo em ordem”, disse.

O grande terremoto anterior ocorreu em 21 de setembro de 1999. O terremoto de magnitude 7,3 na escala Richter matou mais de 2,4 mil pessoas.

O padre Matteucig disse que atualmente “há mais consciência (nos habitantes) de estar numa zona sísmica. E os controles das autoridades são rigorosos: num dos terramotos dos últimos anos, como a estrutura de um edifício em construção poderia ter sofrido danos, mandaram reconstruí-lo do zero”.

“Entrei em contato com nossos paroquianos, quase todos responderam. Eles estão com medo dos tremores secundários, mas estão todos bem. Agora veremos como ajudar os mais afetados. Como sempre, as dioceses católicas com a Cáritas estarão na linha de frente, em colaboração com as organizações de solidariedade das comunidades budistas”, disse.