No final da Audiência Geral de hoje (3), o papa Francisco falou das vítimas da guerra na Ucrânia.

"Tenho em minhas mãos um rosário e um livro do Novo Testamento deixado por um soldado que morreu na guerra. O nome desse rapaz era Oleksandr - Alexander: 23 anos de idade”, disse o papa aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro.

“Alexander lia o Novo Testamento e os Salmos e havia sublinhado no Livro dos Salmos o Salmo 129: 'Das profundezas, Senhor, clamo a ti; Senhor, escuta a minha voz!', continuou Francisco.  

O papa lamentou que esse jovem tenha “deixado uma vida pela frente” e convidou os fiéis presentes na Audiência Geral a fazer um momento de silêncio e oração, “pensando nesse jovem e em tantos outros como ele, que morreram nessa loucura de guerra. A guerra destrói sempre”.

O livro e o rosário deste soldado ucraniano foram entregues ao papa Francisco durante um encontro que teve no Vaticano com membros da equipe do portal espanhol Religión Digital, no dia 13 de março.

Naquela audiência privada também estava a polêmica irmã Lucía Caram, quem entregou estes objetos ao papa.

Depois do encontro, a irmã dominicana disse em suas redes sociais que havia dado ao papa "um presente que o emocionou: um estojo com o livro dos Evangelhos e os salmos carregados por um soldado que morreu no campo de batalha, na guerra entre a Rússia e a Ucrânia".

Papa Francisco lamenta assassinato de voluntários em Gaza

No final da Audiência Geral, o papa também voltou sua atenção para a guerra na Terra Santa e pediu um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Ela também expressou seu "profundo pesar pelos voluntários mortos enquanto trabalhavam na distribuição de ajuda humanitária em Gaza".

No dia 2 de abril, sete trabalhadores humanitários da ONG “World Central Kitchen”, fundada pelo chef espanhol José Andrés, foram mortos em Gaza durante um ataque aéreo israelense.

“Rezo por eles e por suas famílias. Renovo meu apelo para que a população civil, exausta e sofrida, tenha acesso à ajuda humanitária e para que os reféns sejam libertados imediatamente”, disse o papa.

Ele também fez um apelo para que “sejam evitadas todas as tentativas irresponsáveis de ampliar o conflito na região” e que “façamos o possível para que essa e outras guerras que continuam a levar morte e sofrimento a tantas partes do mundo terminem o mais rápido possível”.

“Rezemos e nos esforcemos incansavelmente para que as armas silenciem e a paz volte a reinar”, pediu o papa Francisco.