Dignitas Infinita” é o nome do novo documento sobre a dignidade humana que o Dicastério para a Doutrina da Fé publicará no início da próxima semana.

A Sala de Imprensa da Santa Sé informou hoje (2) que na segunda-feira (8), o prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé, cardeal Víctor Fernández, apresentará este novo documento aos jornalistas em Roma.

Na coletiva de imprensa, que terá início às 12h (horário de Roma), estarão também o secretário da seção doutrinal do dicastério, monsenhor Armando Matteo; e a professora da Universidade Tor Vergata e da Universidade Lumsa de Roma e responsável pela catequese para pessoas com deficiência na Comunidade de Santo Egídio, Paola Scarcella.

Segundo o que o cardeal disse ao jornal National Catholic Register, do grupo EWTN, ao qual pertence a ACI Digital, no dia 7 de março, o documento teve “várias versões”, mas “está quase concluído e a publicação será no início de abril”.

O correspondente do meio de comunicação católico francês La Croix, Loup Besmond, disse que os teólogos trabalharam no documento durante os últimos cinco anos, que o cardeal Fernández “o revisou completamente” e que o papa o instruiu “especificamente para fazer isso”.

Em12 de janeiro deste ano, o cardeal disse que o documento contém “uma forte crítica às tendências imorais da sociedade contemporânea”.

Fernández disse à agência de notícias EFE que o novo documento “não inclui apenas questões sociais, mas também uma forte crítica a questões morais como a mudança de sexo, a barriga de aluguel, as ideologias de gênero, etc”.

Ele também disse que não prevê mais documentos polêmicos: “Não creio que serei notícia no futuro porque não temos previstos no dicastério temas que possam ser muito polêmicos, como os últimos”.

As declarações do considerado “escritor fantasma” do papa Francisco referem-se, entre outras, à Fiducia Supplicans, o documento publicado em 18 de dezembro de 2023 que permite aos padres católicos abençoar de forma “pastoral” e não ritualizada casais em situação irregular e aqueles do mesmo sexo.

Deve-se notar que naquela ocasião a Santa Sé não convocou nenhuma coletiva de imprensa informativa sobre o polêmico documento nem notificou previamente os jornalistas credenciados na Sala de Imprensa da Santa Sé.