No dia 24 de março, a Igreja na Polônia comemorou os 80 anos do martírio da família Ulma, morta pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial por ter escondido oito judeus na sua casa.

No dia 10 de setembro de 2023, Józef e Wiktoria Ulma, junto com seus sete filhos, tornaram-se a primeira família a ser beatificada na mesma cerimônia. O evento aconteceu em Markowa, Polônia, e foi celebrada pelo prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos e enviado do papa Francisco, cardeal Marcello Semeraro,

Foi na aldeia de Markowa que, no dia 24 de março de 1944, a família Ulma foi brutalmente martirizada. No momento do assassinato, Wiktoria estava grávida do sétimo filho.

Os membros desta família “nos mostram que o amor vivido de acordo com a medida de Cristo crucificado, o verdadeiro Samaritano da humanidade, é uma revolução maior do que qualquer ideologia”, disse no domingo (24) o cardeal Semeraro, que foi novamente à cidade polonesa para comemorar os 80 anos do martírio.

A missa, celebrada na igreja de Santa Doroteia, contou com a presença de autoridades eclesiásticas e civis, como o presidente polonês Andrzej Duda. Diante deles, o cardeal pediu que a intercessão dos Ulma, para que as famílias sejam “uma escola de fé e um lugar para praticar e crescer no verdadeiro amor. Rezemos pela paz e pela fraternidade universal entre os povos e as nações”.

Segundo o Vatican News, site oficial de notícias da Santa Sé, uma cerimônia ocorreu antes da missa, na qual o aeroporto de Rzeszów-Jasionka recebeu o nome da família Ulma.

O presidente Duda disse que, em silêncio, os membros desta família “manifestaram humanidade”. “Quantos de nós hoje ousaríamos arriscar as nossas próprias vidas e as vidas de nossas famílias para salvar outro ser humano?”, perguntou o presidente, que agradeceu o “presente” da beatificação que aconteceu no ano passado.

Segundo o Vatican News, o presidente disse que vinte e um judeus sobreviveram em Markowa graças à proteção de outras famílias polonesas.