A organização pró-vida March for Life disse que a decisão do Congresso da França de declarar o aborto como um "direito" constitucional não pode ser considerada um avanço, pois infringe a própria liberdade das crianças não-nascidas.

Na segunda-feira (4), o Parlamento francês incluiu o aborto como um direito na Constituição. Era uma meta do presidente Emmanuel Macron, como forma de reagir à derrubada da decisão Roe x Wade da Corte Suprema dos EUA que, em 1973, liberou o aborto no país. A decisão foi revertida pela mesma Corte Suprema em 2022. Macron temia que a derrubada de Roe x Wade desse novo impulso à luta pró-vida na França e pressionou para que o aborto fosse incluído na lei suprema do país.

Somando-se a manifestações internacionais contra a decisão francesa, March for Life lembrou em sua conta no X que "a liberdade não inclui abortar crianças". 

"Se as pessoas não são livres para nascer, então a liberdade não existe de fato. Sem a oportunidade de nascer, nenhum indivíduo pode exercer ou experimentar qualquer liberdade", disse a organização, que todo mês de janeiro reúne milhares de pessoas nos EUA para se manifestar a favor da vida das crianças não nascidas.

Nas mídias sociais, March for Life disse que "todos os direitos humanos são literalmente dependentes do direito à vida" e  advertiu que "a decisão de consagrar um direito inventado para matar crianças na França não aumentou a liberdade; fez o contrário".