As relíquias de primeiro grau de Santa Teresinha do Menino Jesus chegam amanhã (17) a Londrina (PR) a bordo de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). O relicário contém um fêmur e ossos do pé da santa.

As relíquias ficarão na cidade de 17 a 19 de fevereiro. Amanhã (17) o relicário segue em carreata até o Centro de Espiritualidade Monte Carmelo, onde será exposto. Uma missa com a participação da Infância e Adolescência Missionária (IAM) da arquidiocese de Londrina será celebrada às 19h.

No domingo (18) as relíquias seguem para a catedral de Londrina às 9h, onde serão expostas das 10h30 às 18h, retornando depois para o Centro de Espiritualidade Monte Carmelo. Na segunda-feira (19) o relicário fica exposto das 8h às 14h30, quando a peregrinação segue em direção a Paranavaí (PR).

Esta é a quarta vez que as relíquias de primeiro grau de Santa Teresinha vêm ao Brasil. A peregrinação ocorre a pedido da Ordem do Carmelo Descalço no Brasil ao Carmelo de Lisieux, na França, em comemoração aos 150 anos de nascimento da santa e 100 anos de sua beatificação, celebrados em 2023; e em preparação para os 100 anos de sua canonização, em 2025.

Marie-Françoise-Thérèse Martin conhecida como santa Teresa de Lisieux ou Teresinha do Menino Jesus é uma das santas mais populares do Brasil. Ela nasceu no dia 2 de janeiro de 1873, em Alençon, na França e foi a filha mais nova dos santos Luís e Zélia Martin que também eram muito tementes a Deus. Eles tiveram oito filhos antes de Teresa: Quatro morreram ainda pequenos e as outras quatro: Maria, Paulina, Leônia e Celina também foram freiras como a santa.

Aos 15 anos, Teresinha entrou no Mosteiro das Carmelitas, em Lisieux, com a autorização do papa Leão XIII. Sua grande experiência com Deus desde pequena, relatado em seus diários, intitulado: “História de uma alma” trouxe ensinamentos sobre a “infância espiritual” ou “pequena via” que se baseiam na confiança amorosa em Deus que é Pai. Teresinha acreditava que seu caminho em direção a Deus era ser como criança, e assim O buscava nesta via de abaixamento que transbordava na vida fraterna e no amar sem medidas.

Santa Teresinha morreu aos 24 anos em 30 de setembro de 1897. Foi beatificada em 1923 e canonizada em 17 de maio de 1925 pelo papa Pio XI que falando sobre a nova santa disse: “esta menina tão sincera, que floresceu no jardim fechado do Carmelo, tendo acrescentado ao seu nome o do Menino Jesus, exprimiu vivamente em si a sua imagem; portanto, é preciso dizer que quem venera Teresa venera e louva o exemplo divino, que ela copiou em si”.

Em 19 de outubro de 1997, no domingo missionário, Teresa de Lisieux foi proclamada doutora da Igreja pelo papa são João Paulo II, devido aos seus escritos autobiográficos.