A Vigília Nacional de Oração pela Vida começou ontem (18), com uma missa solene na Basílica do Santuário Nacional da Imaculada Conceição, em Washington D.C., EUA como preparação para a Marcha pela Vida (March for Life), que acontecerá hoje (19).

A secretaria de atividades pró-vida da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB, na sigla em inglês) convidou os fiéis a participarem de ambos os eventos, que acontecem todos os anos, como forma de levantar a voz contra a injustiça do aborto no país e em todo o mundo.

A missa foi celebrada pelo bispo de Arlington e presidente do Comitê de Atividades Pró-Vida da USCCB, dom Michael F. Burbidge. Em sua homilia, ele destacou que, embora a anulação em 2022 da decisão Roe x Wade, que legalizava o aborto nos EUA, "tenha sido uma tremenda vitória", ela não foi decisiva porque "ainda há muito trabalho a ser feito" na luta pró-vida.

"As vidas dos nascituros ainda estão em risco. Em alguns lugares, mais do que nunca. A vida de crianças inocentes está sendo tirada. As mães continuam sofrendo. Casais, crianças e famílias ainda precisam de recursos, apoio e amor", disse.

Dom Burbidge também disse que, "apesar dos esforços incansáveis dos bispos e dos fiéis", e mesmo depois da proibição do aborto em nível federal, vidas inocentes ainda foram perdidas por causa de emendas constitucionais a favor do chamado "direito ao aborto" em vários estados do país.

"Com essas derrotas, aprendemos lições práticas e importantes", disse o bispo de Arlington, observando que grandes somas de dinheiro estão por trás dos opositores da causa pró-vida para ajudá-los a "mentir, enganar as pessoas e retratar qualquer um que ouse defender a vida como irracional, radical e intolerante".

O bispo também destacou o apoio que o aborto recebe da mídia. "Temos a verdade e precisamos encontrar novas maneiras de comunicá-la. Como? Sem concessões. Onde? Mesmo nos lugares mais sombrios e por meio do serviço, e sempre com Cristo no centro", disse.

Dom Burbidge deixou claro que há assuntos que não podem ser negociados porque pertencem a Deus e, portanto, são eternamente verdadeiros. "Toda vida humana é sagrada, o direito a vida é absolutamente fundamental. Ninguém tem o direito de tirar a vida de outra pessoa diretamente", disse.

Ele também ressaltou que muitos, incluindo funcionários do governo, banalizam essas verdades. Por isso, é um dever sagrado dos católicos " defendê-las vigorosa e implacavelmente".

"A maior vitória do nosso movimento está em responder da única maneira digna dos seres humanos: com amor. Sim, nossa mensagem deve ser intransigentemente verdadeira e infalivelmente caridosa", disse.

Ao final, o bispo pediu aos participantes da vigília de oração que ouvissem Jesus presente na Eucaristia.

"Ao buscarmos revitalizar nosso trabalho pró-vida, de encontrar novas maneiras de levar nossa mensagem ao mundo e conquistar novamente os corações de nossos concidadãos, devemos, acima de tudo, lembrar de colocar Cristo no centro de tudo o que fazemos", concluiu.

Depois da missa, aconteceu a Hora Santa com uma procissão Eucarística, adoração ao Santíssimo Sacramento, recitação do terço e uma bênção. A vigília terminou hoje (19), às 8h (horário local), com a missa de encerramento celebrada pelo bispo de Colombo, dom Earl Fernandes.

A EWTN, rede católica de comunicação a que pertence ACI Digital, transmite ao vivo hoje a Marcha pela Vida, das 8h às 21h (horário local).