O papa Francisco escreveu uma carta dirigida ao arcebispo-mor de Kiev e chefe da Igreja greco-católica Ucraniana, sua beatitude Sviatoslav Shevchuk, na qual mostra a sua “indignação e dor” pelos ataques da Rússia ao país ucraniano.

Segundo um comunicado do secretariado de Shevchuk em Roma, a carta do papa, recebida em 3 de janeiro, responde a uma carta anteriormente enviada pelo arcebispo à Santa Sé, depois do maior ataque de mísseis do exército russo desde o início da guerra, em fevereiro de 2022.

Para o papa Francisco, estes ataques são “deploráveis, inaceitáveis” e disse que “não podem ser justificados de forma alguma”.

Na sua carta, o papa também manifesta a sua “indignação e dor” por estas operações de guerra, principalmente porque “atingiram a população civil”.

Francisco reitera a sua proximidade à “Ucrânia martirizada” – adjetivo que usa desde o início do conflito – e lamenta que “em um contexto internacional cada vez mais dramático, a guerra na Ucrânia corresse o risco de se tornar uma guerra 'esquecida'”.

Francisco diz que continuará fazendo “apelos vibrantes para que o barulho das armas cesse na Ucrânia e que os caminhos para uma paz justa sejam postos em movimento”.

Quase ​​dois anos depois do início dos ataques, a situação na Ucrânia é cada vez mais grave.

O contexto de guerra internacional e o prolongamento do conflito fizeram com que ambos os lados se encontrassem imersos numa guerra de desgaste “esquecida”, uma situação que tanto o papa Francisco como as autoridades ucranianas têm destacado especialmente desde que começou a guerra na Terra Santa.