O papa Francisco recebeu hoje (11) no Vaticano as “Sentinelas da Sagrada Família”, uma rede de oração mariana fundada há dez anos com a vocação de apresentar a Nossa Senhora as intenções da Igreja e do mundo.

Francisco agradeceu a estas mulheres “sentinelas” pela sua “simplicidade e humildade”, e recordou a exigência para fazer parte deste grupo: rezar uma dezena do Rosário todos os dias.

Para o papa Francisco, este compromisso pode parecer “pouco aos olhos dos homens, mas é muito aos olhos de Deus se feito com fidelidade no tempo, com fé e com fervor e em espírito de comunhão entre vocês”. “Deus ama o pequeno e o torna fecundo”, disse ele.

O papa Francisco destacou o fato de o movimento ser composto apenas por mulheres, o que “destaca a sua vocação específica e insubstituível na Igreja, à imagem da Virgem Maria”.

Dirigindo-se às mulheres presentes na audiência, o papa disse que elas não só rezam à Virgem pedindo-lhe que interceda, mas que estão “ainda mais dispostas a conformar-se com ela, com a sua maternidade, a unir-se à sua oração de intercessão como mãe para todos os filhos da Igreja e para o mundo”.

“Qualquer que seja o seu estado de vida, com Maria vocês são todas mães. A sua oração e o seu compromisso como ‘sentinelas’ estão orientados segundo o modelo de Maria”, disse.

O papa pediu que tenham um olhar “como o da Virgem Maria, um olhar de mãe, paciente, compreensivo, compassivo” em todos os aspectos da sua vida cotidiana.

Suas orações, continuou ele, podem ser marcadas por acontecimentos dolorosos como conflitos, violência ou indiferença.

“Tudo isso pode causar incompreensão, desânimo. Mas Maria, ao ver o menino Jesus sofrer a pobreza, não desanima, não se queixa. Permanece em silêncio; guarda o seu coração e medita”, lembrou ele.

Por fim, destacou que o nosso mundo precisa mais do que nunca de ternura, termo que, para o papa, “alguns talvez gostariam de eliminar do dicionário”.

“Quão difícil é, às vezes, o mundo de hoje, implacável, surdo e indiferente ao sofrimento e às necessidades dos outros. Maria foi ternura para Jesus; e é ternura para a Igreja e para o mundo”, concluiu.