“A Igreja, cada pessoa batizada, está no mundo, é para o mundo, mas não é do mundo”, disse o papa Francisco hoje (11) ao receber um grupo de representantes do Instituto Secular dos Sacerdotes Missionários da Realeza de Cristo.

Em seu discurso, o papa disse que o termo “secularismo” não é o mesmo que “secularidade”.

Segundo o papa, “a secularidade é uma dimensão da Igreja, chamada a servir e dar testemunho do Reino de Deus neste mundo”.

“E a consagração”, continuou ele, “vem para radicalizar essa dimensão, que claramente não é a única, mas é complementar àquela escatológica” e “cada um a realiza de acordo com sua própria condição na linha do mistério da Encarnação”.

Lembrou também que o instituto ao qual pertencem os padres se rege segundo o carisma franciscano, “que é o da pequenez: deste modo, forma-os para o serviço humilde, disponível e fraterno”.

“Este é o modelo da realeza de Cristo, que consiste em servir, em doar generosamente, com solidariedade aos pobres e excluídos. Realeza e pequenez: em Cristo são uma coisa só, e são Francisco é testemunha disso”, continuou.  

Para o papa, “somos apóstolos sobretudo com a própria humanidade, com aquelas virtudes humanas que o Concílio Vaticano II descreve: sinceridade, respeito pela justiça, fidelidade à palavra dada, bondade, discrição, firmeza de espírito, ponderação, retidão”.

Por fim, exortou os padres a serem fiéis à sua vocação e a evitarem “duas tendências hoje muito difundidas, inclusive entre os sacerdotes: o autorreferencialismo e a mundanidade”. 

“Nenhum de nós é completamente imune a elas”, concluiu.