O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) pediu que o governo da Nicarágua informe “urgentemente” onde está preso o bispo de Siuna, dom Isidoro del Carmen Mora Ortega, detido em 20 de dezembro.

“Pedimos que o Governo da Nicarágua informe urgentemente o paradeiro de dom Mora, vítima de desaparecimento forçado há 16 dias”, disse o escritório da ONU na sexta-feira (5), na sua conta X. “Esconder essa informação e isolá-lo da sua família e dos seus representantes legais coloca a sua vida e integridade em risco”.

A ACNUDH recordou sua declaração de 28 de dezembro, na qual condenou a prisão forçada do bispo “e a nova onda de prisões de religiosos”.

“Além de atacarem a sua liberdade pessoal, violariam o direito à liberdade religiosa, um pilar de qualquer Estado democrático”, disse o ACNUDH nesse então.

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Dom Mora Ortega, de 63 anos, foi preso um dia depois de ter celebrado uma missa em Matagalpa e ter pedido para rezar pelo bispo de lá, dom Rolando Álvarez, preso em agosto de 2022 e condenado a 26 anos de prisão em fevereiro deste ano.

No dia seguinte à prisão, Martha Patricia Molina, pesquisadora nicaraguense e autora do estudo Nicarágua: Uma Igreja Perseguida?, disse à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que além de dom Mora, “também foram sequestrados os seminaristas Alester Saenz e Tony Palacio”.

“Todos iam para uma atividade pastoral (crisma). Não há informações sobre seu paradeiro”, disse.