“A fraternidade é o fermento de paz de que as periferias precisam: ela permite que cada um se sinta acolhido assim como é, e onde se encontra”, disse o papa Francisco num encontro privado com uma dezena de leigos franceses da Fraternidade Missionária das Cidades.

“Convido-os a viverem generosamente a fraternidade nos bairros, a abrirem os corações, as mãos e os ouvidos para uma acolhida sincera”, continuou.

Durante o seu discurso, o papa Francisco exortou estes leigos que colaboram com paróquias de bairros da periferia da França a mostrar “a presença de um Deus compassivo, um Deus que quer se expressar e agir por meio de seus gestos, suas palavras, sua simples presença”.

“Vocês têm a missão corajosa e necessária de levar a proximidade, a compaixão e a ternura de Deus às pessoas que muitas vezes são privadas de dignidade e de amor”, disse.

Durante o seu discurso, o papa Francisco convidou a contemplar o presépio neste tempo de Natal como “um lugar simples e pobre, uma periferia”, conscientes de que “os pastores que vão ao berço são pessoas marginalizadas com má reputação”.

“No entanto”, continuou ele, “é primeiramente a elas que o Evangelho da salvação é proclamado. São pobres, mas têm o coração disponível”. Assim, o papa exortou os leigos a irem com determinação às periferias existenciais: “não tenham medo de deixar sua segurança para partilhar a vida cotidiana de seus irmãos e irmãs. Entre eles, muitos têm o coração aberto e esperam, sem saber, pelo feliz anúncio”.

A Fraternidade Missionária das Cidades nasceu em março de 2022 na França e é formada por leigos que tem como objetivo apoiar os párocos dos bairros populares das grandes cidades, geralmente assolados pela pobreza e pela exclusão social.