Em 2024, 13 cardeais farão 80 anos e segundo a lei da Igreja Católica, não poderão participar de um futuro conclave.

Até o momento, o Sacro Colégio é composto por 132 eleitores e 108 não eleitores. No final de 2024, se não houver novidades, os cardeais com direito a voto diminuirão para 119, um a menos que o número máximo estabelecido por são Paulo VI e confirmado por são João Paulo II.

O primeiro cardeal que fará 80 anos em 2024 será o arcebispo emérito de Abuja, Nigéria, cardeal John Olorunfemi Onaiyekan. Isso acontecerá no dia 29 de janeiro.

Ex-presidente da Conferência Episcopal da Nigéria e da Secam, organização que reúne as conferências episcopais da África e de Madagascar, foi criado cardeal por Bento XVI em novembro de 2012 e participou do conclave que elegeu o papa Francisco. Ele é arcebispo emérito desde 9 de novembro de 2019.

No dia 12 de fevereiro será a vez do arcebispo de Huancayo, Peru, cardeal Pedro Jimeno Barreto. Ele foi criado cardeal pelo papa Francisco em 28 de junho de 2018. É jesuíta e presidente da Conferência Eclesial Amazônica desde 2022.

Espanhol de nascimento, mas panamenho por adoção, o bispo de David, o cardeal José Luis Lacunza Maestrojuán, dos agostinianos recoletos, fará 80 anos no dia 24 de fevereiro. Ele foi presidente da Conferência Episcopal Panamenha por dois mandatos e criado cardeal no consistório de 14 de fevereiro de 2015.

O vigário apostólico de Vientiane, Laos, cardeal Louis-Marie Ling Mangkhanekhoun, faz 80 anos no dia 8 de abril. Ele é presidente da Conferência Episcopal do Laos e do Camboja. É cardeal desde 2017. Foi preso pelo regime comunista local entre 1984 e 1987.

No dia 19 de abril será a vez do cardeal Luis Francisco Ladaria Ferrer. O jesuíta espanhol foi criado cardeal pelo papa Francisco em 28 de junho de 2018 e foi prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé.

O cardeal Marc Ouellet, prefeito emérito do Dicastério para os Bispos e ex-arcebispo metropolitano de Quebec, completará 80 anos no dia 8 de junho. Cardeal desde 2003, participou dos conclaves que elegeram Bento XVI em 2005 e Francisco em 2013. O cardeal canadense dirigiu o Dicastério para os Bispos de 2010 a 2023.

No dia 29 de junho, o arcebispo de Boston, EUA, cardeal Sean Patrick O'Malley, deixará de ser eleitor. Capuchinho, é também presidente da Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores e membro do C9, o conselho de cardeais que auxilia o papa na reforma da Cúria. Foi criado cardeal por Bento XVI em 2006 e participou do conclave de 2013.

No dia 5 de agosto, o arcebispo emérito de Dar-es-Salam, Tanzânia, cardeal Policarpo Pengo, fará 80 anos. É um dos últimos cardeais eleitores criados por são João Paulo II: foi criado em 2003 e participou dos dois conclaves subsequentes.

O cardeal Mauro Piacenza, penitenciário-mor, fará 80 anos no dia 15 de setembro. O cardeal italiano, ex-prefeito da Congregação para o Clero, foi criado cardeal por Bento XVI no consistório de 20 de novembro de 2010, participando assim no conclave que elegeu o papa Francisco.

No dia 25 de setembro, o arcebispo emérito de Bordeaux, França, cardeal Jean Pierre Ricard, fará 80 anos. Cardeal desde 2006 e ex-presidente da Conferência Episcopal Francesa, declarou ter abusado de uma menina de 14 anos em 1987. O Dicastério para a Doutrina da Fé abriu um processo contra ele, mas os seus direitos cardinalícios não foram revogados.

No dia 10 de outubro, o arcebispo de Caracas, Venezuela, cardeal Baltazar Enrique Porras Cardozo, deixará de ser eleitor. Ele recebeu o barrete cardinalício do papa Francisco no consistório de novembro de 2016. Por dois mandatos dirigiu a Conferência Episcopal Venezuelana.

O arcebispo de Bombaim, Índia, cardeal Oswald Gracias, fará 80 anos no dia 24 de dezembro. Membro do C9 desde a sua criação e presidente da Conferência Episcopal Indiana em diversas ocasiões, foi nomeado cardeal por Bento XVI em 2007, participando assim do conclave de 2013.

O último cardeal que fará 80 anos em 2024 será o cardeal John Njue, no dia 31 de dezembro. Foi arcebispo de Nairobi e presidente da Conferência Episcopal do Quênia. Foi incluído no colégio cardinalício por Bento XVI no consistório de 24 de novembro de 2007.

Sem ter em conta a possível criação de novos cardeais durante o ano, até ao final de 2024 a Europa passará de 55 para 52 eleitores; América do Norte, de 17 a 15; América Central de cinco para quatro; América do Sul, de 15 a 13; Ásia de 20 a 18; África de 17 a 14; enquanto a Oceania permanece estável com três.