Depois da oração do Angelus dominical de hoje (17), o papa Francisco lamentou o ataque dos soldados israelenses à única paróquia católica de Gaza, um espaço "onde não há terroristas", mas onde foram mortas duas mulheres.

"Continuo recebendo notícias muito graves e dolorosas de Gaza. Os civis desarmados estão sendo bombardeados e baleados. E isto aconteceu até dentro do terreno da paróquia Sagrada Família, onde não há terroristas, mas famílias, crianças, doentes e deficientes, freiras", disse Francisco aos 22.000 fiéis reunidos em frente ao Palácio Apostólico na praça São Pedro.

Ontem (16), o Vatican News informou que as tropas do exército israelita entraram na igreja da Sagrada Família e dispararam contra os refugiados que tentavam sair.

Cerca de 600 pessoas abrigaram-se no complexo para se protegerem dos combates na Faixa de Gaza e dos bombardeios israelitas. No entanto, desde a noite passada há registros de ataques nas imediações do complexo. Os meios de comunicação do Vaticano informaram que a explicação do exército foi a de que havia um lança-mísseis no interior da paróquia.

No seu discurso, o papa lamentou a morte de Nahida Khalil Anton e da sua filha Samar Kamal Anton, que "foram mortas", enquanto "outras foram feridas por franco-atiradores quando iam ao banheiro".

Também a casa das Irmãs de Madre Teresa foi danificada e o seu gerador foi atingido. Alguns dizem: "É terrorismo, é guerra". Sim, é guerra, é terrorismo. É por isso que a Escritura diz que "Deus acaba com as guerras... quebra os arcos e esmaga as lanças". Peçamos ao Senhor pela paz", pediu o papa.