A sede da associação italiana Pro Vita & Famiglia (Pró-Vida e Família), em Roma, foi alvo de graves ataques durante a manifestação contra a violência contra as mulheres que ocorreu na capital italiana no sábado (25).

Esta associação trabalha pela proteção da vida desde a concepção até a morte natural, pela promoção da família e pela promoção da liberdade dos pais à educação.

Vários manifestantes atacaram a sede enquanto participavam na marcha contra a violência contra as mulheres convocada por causa do assassinato de Giulia Cecchettin, de 22 anos, que teria sido morta por seu ex-companheiro.

Segundo o porta-voz da associação, Jacopo Coghe, também foi encontrada uma garrafa contendo pólvora dentro da sede de Viale Manzoni e que “felizmente não explodiu”.

“Estamos chocados com este autêntico ato terrorista, cujo objetivo é intimidar-nos”, lê-se no comunicado publicado no site oficial da associação.

Os agressores aproveitaram para deixar este coquetel molotov nos escritórios através dos vidros partidos das janelas que foram destruídas.

Na fachada da sede foram encontradas diversas inscrições em italiano como “Aborto livre” ou “Queimemos pela vida”.

Coghe disse que esse acontecimento demonstra “a hipocrisia dos movimentos feministas e transfeministas que aproveitaram os últimos acontecimentos para fazer uma ação intimidadora contra a nossa organização sem fins lucrativos”.

“O que aconteceu é um ataque não só contra nós, mas contra a liberdade de pensamento e a própria democracia, portanto ficar calado e não condenar o ato significaria ser cúmplice e endossar os atos destes criminosos”, disse.

A primeira-ministra da Itália, Georgia Meloni, condenou o ataque e questionou se a violência “deveria ser sempre condenada ou só quando é dirigida contra alguém cujas ideias partilhamos”.

Meloni disse que o ataque é “vergonhoso” e que “uma sede devastada é sempre inaceitável. Especialmente se for destruída em nome de mulheres estupradas, espancadas ou assassinadas”.

Depois desta mensagem, o porta-voz da Pro Vita & Famiglia disse que continuarão a sua missão “de proteger a vida, a família e a liberdade à educação sem medo e de cabeça erguida, sabendo que interpretamos os valores da grande maioria dos cidadãos italianos, enojados com a explosão ideológica e violenta da esquerda radical habitual, hipócrita e perigosa”.

Não é a primeira vez que esta associação sofre um ataque deste tipo. Em junho deste ano, informou que os seus escritórios também tinham sido atacados durante uma manifestação do Orgulho LGBT.

Em defesa de Indi Gregory

O caso da bebê britânica Indi Gregory deu a volta ao mundo. A menina de oito meses morreu no dia 13 de novembro, porque foi desligada do aparelho de suporte vital que a mantinha viva.

A decisão foi tomada pela justiça britânica, que aprovou desligar a menina contra a vontade dos pais e apesar de o hospital pediátrico Bambino Gesù de Roma, administrado pela Santa Sé, ter se oferecido para tratá-la gratuitamente.

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No funeral da pequena Indi, que acontecerá no dia 1º de dezembro no Reino Unido, e será celebrado por dom Patrick McKinney, de Nottingham, a associação Pro Vita & Famiglia entregará aos pais de Indi uma carta de “solidariedade, amor e condolências assinada por mais de 50 mil cidadãos italianos”.