O papa Francisco agradeceu a Deus “porque finalmente há trégua entre Israel e a Palestina e alguns reféns foram libertados”, e rezou para que todos sejam libertados e que a ajuda humanitária entre na Faixa de Gaza.

Francisco manifestou a sua gratidão da Casa Santa Marta, de onde conduziu a recitação do Ângelus ontem (26). Os fiéis reunidos na praça de São Pedro ouviram as palavras do papa através dos telões instalados fora da basílica de São Pedro.

“Rezemos para que todos eles sejam libertados o mais depressa possível - pensemos nas suas famílias! - rezemos para que entre mais ajuda humanitária em Gaza e para que se insista no diálogo: é a única via, a única via para a paz. Aqueles que não querem o diálogo não querem a paz”, disse o papa.

O cessar-fogo de quatro dias acertado entre Israel e o Hamas entrou em vigor na sexta-feira, durante o qual a organização entregaria 50 reféns dos quase 240 que sequestrou em 7 de outubro. Israel libertaria 150 palestinos presos.

Já foram libertados 41 reféns israelenses e estrangeiros sequestrados pelo Hamas e 78 palestinos presos em Israel.

Nem todos os reféns estão nas mãos do Hamas. Alguns estão com outras organizações terroristas muçulmanas, como a Jihad Islâmica.

Rezar pelo fim dos conflitos

Nas suas palavras depois do Ângelus, o papa Francisco também se referiu à “atormentada Ucrânia” que “comemorou o Holodomor, o genocídio perpetrado pelo regime soviético que causou a morte de milhões de pessoas por fome, há 90 anos”.

“Essa ferida lacerante, em vez de sarar, torna-se ainda mais dolorosa com as atrocidades da guerra que continua a fazer sofrer aquele querido povo”, disse ele.

Francisco pediu que os fiéis continuem rezando “por todos os povos dilacerados pelos conflitos”. “A oração é a força da paz que quebra a espiral do ódio, rompe o ciclo da vingança e abre caminhos de reconciliação que não se esperam”, concluiu.