O Dia Mundial dos Pobres, que este ano será celebrada no próximo domingo (19), foi criado pelo papa Francisco em 13 de novembro de 2016, quando terminou o Ano da Misericórdia.

Naquele dia, o papa celebrou na Basílica de São Pedro o jubileu dedicado às pessoas excluídas. Estiveram presentes na missa milhares de pobres, com os quais já havia estado nos dias anteriores. Ali o papa anunciou o dia dos pobres.

“E, todavia, neste dia jubilar que nos fala de exclusão, imediatamente vêm à mente pessoas concretas; não coisas inúteis, mas pessoas preciosas. A pessoa humana, colocada por Deus no cume da criação, muitas vezes é descartada, porque se prefere as coisas que passam. Isto é inaceitável, porque o ser humano é o bem mais precioso aos olhos de Deus”, disse o papa naquele dia.

No dia 20 seguinte, Francisco assinou a carta apostólica Misericordia et misera na qual acrescentou como conclusão que “o Dia Mundial dos Pobres deve ser celebrado em toda a Igreja, no XXXIII Domingo do Tempo Comum".

“Será a mais digna preparação para bem viver a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, que Se identificou com os mais pequenos e os pobres e nos há de julgar sobre as obras de misericórdia (cf. Mt 25, 31-46). Será um Dia que vai ajudar as comunidades e cada batizado a refletir como a pobreza está no âmago do Evangelho e tomar consciência de que não poderá haver justiça nem paz social enquanto Lázaro jazer à porta da nossa casa”, diz a carta.

“Além disso este Dia constituirá uma forma genuína de nova evangelização, procurando renovar o rosto da Igreja na sua perene ação de conversão pastoral para ser testemunha da misericórdia”, continua.

Na sua mensagem para o Dia Mundial dos Pobres de 2023, o papa Francisco disse que “nesta casa que é o mundo, todos têm direito de ser iluminados pela caridade, ninguém pode ser privado dela”.

Recordando o exemplo de santa Teresinha do Menino Jesus, o papa encorajou que “a tenacidade” do amor da santa francesa possa “inspirar os nossos corações neste Dia Mundial, ajudar-nos a «nunca afastar de algum pobre o olhar» e a mantê-lo sempre fixo no rosto humano e divino do Senhor Jesus Cristo”.