A “Comissão dos Novos Mártires – Testemunhas de Fé” da Santa Sé está investigando atualmente mais de 550 casos de pessoas que deram a vida por causa de Cristo desde o ano 2000, informou hoje (13) a comissão instituída pelo papa Francisco.

As vítimas dos ataques de Páscoa no Sri Lanka em 2019, as freiras Luisa Dall'Orto e Maria De Coppi, assassinadas no Haiti e em Moçambique, respectivamente, e os assassinatos dos padres Andrea Santoro, na Turquia, e Jacques Hamel, na França, são alguns dos casos investigados.

A nova comissão investiga não só católicos, mas também membros de outras igrejas cristãs, como os 21 cristãos decapitados na Líbia pelo Estado Islâmico em 2015. A ideia é registrar o que o papa chama de “ecumenismo de sangue”.

A nova comissão funciona sob a autoridade do Dicastério para as Causas dos Santos, foi instituída pelo papa Francisco em 3 de julho de 2023 e tem como marco a próxima celebração do Jubileu de 2025. Seus membros se reuniram em Roma no dia 9 de novembro.

“O levantamento das vítimas cristãs e a oferta de suas vidas por parte de leigos, clérigos, consagrados e consagradas se valerá dos esforços já realizados pela Fides (agência de informação das Pontifícias Obras Missionárias) e por outras agências, mas também de novas pesquisas, com a ajuda dos bispos, das congregações religiosas e daqueles que conservam a memória desses cristãos”, disse comunicado publicado hoje pelo dicastério.

“Atualmente, há mais de 550 testemunhas cujas circunstâncias de morte e seu serviço à Igreja e ao povo de Deus são conhecidos. Um site foi criado para acompanhar o trabalho da comissão e fornecer algumas informações essenciais”, acrescentou o texto.

Estes novos mártires “representam uma luz de esperança e uma voz humilde, mas eloquente, que aponta para o bem supremo da vida, para a unidade da família humana, para a força desarmada dos cristãos”, concluiu o texto.