Papa Francisco reiterou hoje (15), sua preocupação com a crise na região de Nagorno-Karabakh, no Azerbaijão, que é habitada principalmente por cristãos de origem armênia.

Após a oração do Ângelus na Praça de São Pedro, Francisco disse: "Minha preocupação com a crise de Nagorno-Karabakh continua inabalável, bem como com a situação humanitária dos refugiados, que é grave".

O papa fez um "apelo especial para a proteção dos mosteiros e locais de culto na região" para que eles possam ser "respeitados e protegidos como parte da cultura local, uma expressão de fé e um sinal de fraternidade que nos permite viver juntos em nossas diferenças".

O conflito na área se arrasta há anos, mas se intensificou desde 19 de setembro, quando o governo do Azerbaijão lançou uma ofensiva militar após nove meses de bloqueio de suprimentos externos, medicamentos e alimentos.

Mais de 100.000 pessoas fugiram para a fronteira com a Armênia nos últimos dias em busca de refúgio. Em 16 de setembro, a explosão de um tanque de combustível matou 68 refugiados e feriu centenas de outros.

Durante a oração do Ângelus, em 1º de outubro, papa Francisco pediu "o diálogo entre o Azerbaijão e a Armênia, na esperança de que as conversações entre as partes, com o apoio da comunidade internacional, levem a um acordo duradouro que ponha fim à crise humanitária".

Em 2020, um bombardeio destruiu a catedral armênia de Ghazanchetsots (São Salvador) na cidade de Shushi, em Nagorno-Karabakh.