O secretário-geral da Cáritas, Alistair Dutton, manifestou “profunda preocupação” com a guerra em curso em Gaza (Palestina) e Israel e anunciou que a organização foi forçada a “suspender as suas atividades” por razões de segurança, mas “preparou um plano de emergência para oferecer ajuda” aos seus funcionários.  

Um comunicado da Cáritas Jerusalém, publicado por Dutton na segunda-feira (9), recorda que em Gaza mais de 123 mil pessoas foram deslocadas devido ao conflito em curso, segundo dados atualizados das Nações Unidas. Ele também diz que “a situação é crítica para os civis de ambos os lados”.

Os terroristas islâmicos do Hamas declararam guerra a Israel. Eles mataram centenas de pessoas e fizeram dezenas de reféns desde que lançaram uma invasão em grande escala contra Israel no fim de semana passado. Israel respondeu com uma grande ofensiva contra a Faixa de Gaza.

A situação dos funcionários da Cáritas

A Cáritas Jerusalém, que atende às necessidades das pessoas na Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém, relata que alguns dos seus funcionários estão entre os deslocados. Por esta razão, não houve outra alternativa senão suspender as suas atividades.

“Uma família procurou refúgio na igreja da Sagrada Família em Gaza, outra encontrou abrigo numa escola da UNRWA [Agência da ONU para os Refugiados da Palestina], mas infelizmente a sua casa foi completamente destruída. Outra família foi morar com um parente cuja casa também foi totalmente demolida”, informa o comunicado.

No meio deste contexto, a Cáritas Jerusalém anunciou o lançamento do chamado Sistema de Apoio ao Pessoal de Gaza, denominado “Together Putting Love into Action” (TPLA), uma iniciativa que procura prestar assistência aos colegas estabelecidos em Gaza “que enfrentam situações extremamente desafiadoras e complexas.”

“O principal objetivo é promover um forte sentimento de unidade e apoio emocional dentro da Cáritas Jerusalém, reconhecendo que as próximas noites em Gaza serão especialmente exigentes”, diz o comunicado.

Atualmente, os funcionários da sede em Jerusalém e na Cisjordânia trabalham a partir de casa com as suas famílias e oferece-lhes o apoio necessário.

O comunicado diz que “todas as instituições educacionais e instalações recreativas em Jerusalém estão fechadas, juntamente com o encerramento dos postos de controle na Cisjordânia”.

“Por razões de segurança, todas as operações da Cáritas Jerusalém no terreno foram suspensas. Nosso foco imediato é o bem-estar de nossa equipe. Pedimos as suas orações pela paz e segurança e os convidamos a estar ao nosso lado enquanto apelamos por uma paz justa e duradoura na Terra Santa”, acrescenta o comunicado.