No segundo e último dia da sua viagem apostólica a Marselha, e depois de participar na sessão final dos “Encontros do Mediterrâneo”, o papa Francisco teve um encontro privado com o presidente de França, Emmanuel Macron.

O encontro aconteceu no Palais du Pharo, o “Palácio do Farol” de Marselha. Macron, acompanhado de sua mulher, Brigitte, trocou presentes com o papa.

Simultaneamente, numa sala contígua, aconteceu um encontro entre o secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, e Élisabeth Borne, primeira-ministra da França.

O encontro acontece poucos dias antes de o governo de Macron finalizar um projeto de lei sobre a eutanásia na França, que terá depois de ser debatido pelo poder legislativo.

Minutos antes do encontro com Macron, o papa questionava bispos e jovens reunidos em Marselha: “Quem presta ouvidos ao gemido dos idosos abandonados que, em vez de ser valorizados, acabam estacionados, com a perspectiva falsamente dignificante duma morte doce, quando na realidade é mais salgada que as águas do mar?".

O presidente francês também recebeu críticas da Igreja na Europa pela sua pressão para que o aborto fosse reconhecido como um direito fundamental na União Europeia.

Emmanuel Macron, católico, também deverá assistir à missa que o papa vai celebrar hoje no Stade Vélodrome, embora tenha recebido críticas porque a França é considerada um Estado laico.

Esta é a quarta vez que o papa Francisco se reúne com Macron. Anteriormente, tiveram audiências em 2018, 2021 e 2022. Nessa última ocasião, o papa conversou com o presidente francês durante 55 minutos, e o tema principal foi a paz, no contexto da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.