O papa Francisco disse que uma Jornada Mundial da Juventude (JMJ) é uma "experiência inesquecível" no prefácio que escreveu ao livro da jornalista portuguesa Aura Miguel, "Um Longo Caminho até Lisboa”, que narra o percurso das Jornadas Mundiais da Juventude em vista da próxima JMJ, de 1º a 6 de agosto em Lisboa, Portugal.

A Rádio Renascença publicou hoje (2) o prefácio do papa Francisco. “Ainda tenho nos olhos e no coração a imensa multidão de jovens que me acolheu no Rio de Janeiro, em julho, dez anos atrás”, escreveu o papa Francisco no texto que estará disponível a partir de 4 de maio, em português. A primeira viagem de Francisco depois de eleito papa foi para a JMJ do Rio de Janeiro, em 2013.

São João Paulo II, Bento XVI e Francisco

“Ficarão para sempre gravados em minha memória: o grande entusiasmo dos jovens”, escreveu o papa

"Para mim como para Bento XVI, foi o mesmo: a primeira viagem internacional do nosso pontificado aconteceu por ocasião da Jornada Mundial da Juventude - no Rio de Janeiro no meu caso, e no caso do papa Ratzinger, em 2005, em Colônia, ou seja, em sua terra natal. Ele também tinha acabado de subir à cátedra de Pedro”.

O papa disse que ele e Bento XVI foram “por assim dizer, 'colocados' na esteira daquilo que são João Paulo II havia inaugurado, seguindo uma intuição que lhe foi sugerida pelo Espírito Santo”.

JMJ e as mudanças do mundo

Ele também escreveu que "os chamados 'nativos digitais', os jovens do nosso tempo, correm diariamente o risco de se isolarem".

Francisco convidou os jovens “a não ‘balconar’, isto é, a não ficarem na sacada vendo a vida passar como observadores”.

Sobretudo agora que há “uma corrida pelo rearmamento que parece irrefreável e que corre o risco de nos levar à autodestruição". Ele também exortou a um despertar mais precoce para as consequências da "guerra travada contra a martirizada Ucrânia" e "no coração da Europa cristã”.

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"São chamados a dizer ‘nós cuidamos’, nos interessamos, nos importamos com o que acontece no mundo." Este é o convite do papa aos jovens diante do sofrimento de seus semelhantes: refugiados, jovens soldados, desempregados.

“Interessamo-nos, importamo-nos com o destino de milhões de pessoas, de muitas crianças, que não têm água, comida, cuidados médicos, enquanto os governantes parecem competir para ver quem gasta mais em armamentos altamente sofisticados”, disse.

A viagem à JMJ em Lisboa não está cancelada

Na entrevista coletiva que deu no domingo (30) no voo de volta de sua viagem apostólica à Hungria, o papa Francisco disse que vai para a JMJ de Lisboa 2023.

“Sobre Lisboa, Eu vou, eu vou. Espero conseguir, vocês veem que não é a mesma coisa de dois anos atrás, com o bastão agora está melhor e por enquanto a viagem não está cancelada", disse ele aos 70 jornalistas durante o voo.

Francisco disse que "graças a Deus" o seu corpo reagiu bem ao tratamento médico e que já prepara outras duas viagens a Marselha e à Mongólia.

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