Dom Stanisław Gądecki, arcebispo de Poznan e presidente da Conferência Episcopal Polonesa, pediu aos fiéis que se unam em oração por uma solução pacífica para a crise migratória na fronteira com a Bielorrússia, que classificou como “dramática”.

"Em nome dos bispos poloneses, condeno veementemente o uso de tragédias humanas pelo lado bielorrusso para liderar ações contra a soberania da Polônia", disse o arcebispo em um comunicado de 10 de novembro.

 

Segundo a empresa de comunicação britânica BBC, pelo menos dois mil migrantes do Oriente Médio e da Ásia estiveram ontem à noite na fronteira entre a Polônia e a Bielorrússia, do lado bielorrusso onde as autoridades os pressionam a ir para o lado polonês, onde por sua vez se reforçou a guarda militar com mais de 10 mil soldados.

A União Europeia (UE) acusa a Bielorrússia de incentivar a entrada de milhares de pessoas por suas fronteiras, como uma forma de castigo pelas sanções impostas pelo bloqueio europeu contra o governo do presidente bielorrusso Alexander Lukashenko, que agora conta com o apoio militar da Rússia.

Lukashenko é presidente da Bielorrússia há mais de 25 anos. Em agosto de 2020 ganhou as eleições em meio a acusações de fraude, e começou uma série de fortes repressões, também contra a Igreja Católica.

A BBC informou que a Polônia, Lituânia e Letônia, todos membros da UE, relataram um aumento significativo no número de pessoas que entraram em seu território a partir da Bielorrússia nos últimos meses, sem ter permissão legal.

 

A Comissão Europeia acusa a Bielorrússia de atrair imigrantes com a falsa promessa de que poderão entrar facilmente na UE.

“A maioria dos migrantes são vítimas da cruel ação política e da ganância da máfia do tráfico. Por isso quero repetir mais uma vez que quem sofre desse mal precisa do nosso cuidado e solidariedade”, disse dom Gądecki.

“Estou pedindo aos fiéis e às pessoas de boa vontade suas orações ferventes pela Polônia, pelas vítimas desta crise e por sua solução pacífica”.

Em sua declaração de ontem, dom Gądecki agradeceu “às instituições que ajudam os migrantes, em relação ao Estado de direito na Polônia”.

Também agradeceu “aos serviços do Estado, incluindo a guarda de fronteira, o exército e a polícia, por sua defesa dedicada das fronteiras polonesas. Ofereço a minha oração nestes tempos difíceis”.

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