A prefeita de Bogotá, Colômbia, Claudia López, foi denunciada à Procuradoria Geral da República para determinar sua responsabilidade no ataque à catedral, ocorrido em 28 de setembro por feministas pró-aborto.

 

A denúncia foi apresentada pela vereadora Diana Diago, do Centro Democrático, que acusou López de não cumprir seus "deveres constitucionais e legais de manutenção da ordem pública" e de "culpar o comandante da polícia" pelo ocorrido na catedral.

O ataque à catedral de Bogotá

Na noite de 28 de setembro, um grupo de feministas tentou incendiar a catedral de Bogotá colocando fogo na porta principal da igreja. O fato ocorreu durante uma marcha pró-aborto diante de funcionários da prefeitura que acompanharam a manifestação.

Um vídeo divulgado pela imprensa e nas redes sociais, mostra funcionários da prefeitura impedindo que um grupo de policiais entre em ação. Depois de vários minutos, as feministas foram retiradas pela polícia.

 

Na manhã seguinte, em sua conta no Twitter, a prefeita falou sobre o que aconteceu na catedral e criticou o chefe da polícia de Bogotá, general de brigada Carlos Fernando Triana Beltrán.

 

“Isso é vandalismo. Tem e merece punição social e legal. Este vídeo foi enviado para mim pelo próprio comandante da @PoliciaBogota”, escreveu a prefeita Claudia López. “Por que, em vez de gravar, não aplicaram o protocolo distrital e a Lei? Eu pergunto com respeito, tem uma ordem do seu comando nacional para deixar fazer, deixar passar?”

A denúncia contra Claudia López

Num vídeo publicado nas redes sociais da câmara de vereadores de Bogotá, a vereadora Diago criticou a prefeita por “lavar as mãos e culpar o comandante da Polícia” pelo ocorrido na catedral.

"Prefeita, você é a chefe da polícia e mesmo que não goste, tem deveres constitucionais e legais de manter a ordem pública", disse.

O artigo 315 da Constituição colombiana diz que “o prefeito é a primeira autoridade policial do município. A Polícia Nacional cumprirá com prontidão e diligência as ordens dadas pelo prefeito através do respectivo comandante”.

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A vereadora disse à prefeita López que "a suposta omissão de suas funções permitiu que a catedral primaz, templo emblemático dos católicos, sofresse danos materiais e morais pelos ataques, pelas ofensas proferidas por esse grupo de vândalas”.

“Em razão do exposto, apresentei um pedido formal à Procuradoria para investigar a sua conduta. Isso não pode ficar impune, você tem que cumprir suas funções, defender a cidade e a cidadania, e não se calar diante desses atos de vandalismo de pessoas que possam compartilhar da sua ideologia”, concluiu.

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