No sábado (26) milhares de pessoas participaram da sétima edição da Marcha pela Vida na Argentina, sob o lema "Argentina desde a concepção", exigindo a revogação da lei do aborto promovida pelo presidente Alberto Fernández e aprovada pelo Senado em dezembro de 2020.

 

Com frases como "As pessoas dizem sim à vida, não ao aborto, senhor presidente!", "Escolha a vida", "aborto legal ou ilegal mata igual" ou "aborto é genocídio", os milhares de argentinos participantes pediram que o governo derrube a lei do aborto.

“Viemos à marcha porque defendemos o valor absoluto da vida, seja dentro da barriga ou na Ucrânia. Todas as vidas são importantes, todas as vidas têm que valer sempre”, disse uma participante.

 

A marcha em Buenos Aires começou às 14h, hora local, na praça Itália no bairro de Palermo, de onde os participantes marcharam para a praça Rubén Darío.

Outros grupos também marcharam em cidades como Mar de Plata, Mendoza, Rosário e Tucumán.

Emiliano Aguirre, coordenador da Frente Jovem de Buenos Aires, disse à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que "hoje nós argentinos nos manifestamos nas ruas de todo o país, marchando em defesa da vida nascente".

“Mais de um ano após a aprovação da lei do aborto em nosso país, muitas pessoas ficaram desanimadas achando que a batalha estava perdida. No entanto, hoje em Buenos Aires tivemos a alegria de ter um grande número de pessoas que compareceram”, destacou Aguirre.

 

“Pudemos ver o fervor e o compromisso daqueles que marcharam, caminharam e expressaram a alegria de defender a vida”.

Aguirre explicou que a marcha mostrou “o trabalho conjunto das organizações que promovem a defesa das duas vidas”.

 

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“Ver o povo argentino se manifestando e o movimento pró-vida unido nos permite afirmar, com toda a certeza, que a luta em defesa da vida está apenas começando, há muito por fazer”, concluiu.

“Estamos muito felizes, muito emocionados com a organização da marcha. Veio mais gente do que no ano passado. Estimamos cerca de 50 mil pessoas em Buenos Aires”, disse Raúl Magnasco, presidente da ONG Más Vida, à ACI Prensa.

“Para nós é muito importante reivindicar mais uma vez, nesta data importante para os argentinos, o direito fundamental à vida, o primeiro direito humano sem o qual não há como exercer nenhum outro direito”.

Magnasco também disse que “depois do primeiro ano da lei do aborto, temos que lamentar a terrível cifra de 60 mil argentinos eliminados com esta lei”.

 

“Queremos a revogação imediata da lei do aborto e sabemos que é um longo caminho que vamos percorrer, mas vamos continuar até conseguir”, disse.

"Enquanto todos esses argentinos não tiverem voz e ninguém os ouvir, nós vamos continuar sendo a voz deles", concluiu.

Outro participante da marcha disse que os argentinos saíram às ruas com determinação e “não vamos parar até que a lei do aborto seja revogada, custe o que custar. Não vamos parar!".

 

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