O ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, condenou como “atos inaceitáveis” as ameaças feitas aos católicos que participam de uma pela solenidade da Imaculada Conceição em Nanterre no dia 8 de dezembro em um tuíte publicado três dias depois do acontecido.

“A liberdade de culto deve ser exercida com toda a serenidade em nosso país”, tuitou Darmanin, que disse dar “apoio aos católicos na França”.

O jornal Le Figaro informou que na noite de quarta-feira cerca de 30 católicos deveriam partir da capela de Saint-Joseph-des-Fontenelles em uma procissão anual para a paróquia de Sainte-Marie-des-Fontenelles, a cerca de 800 metros, ao longo de uma rota aprovada pelas autoridades locais.

Jean-Marc Sertillange, diácono permanente em Sainte-Marie-des-Fontenelles, disse ao Le Figaro: “Mas pouco depois das 19h, quando tínhamos avançado só umas centenas de metros, um bando de desconhecidos nos atacou verbalmente no momento da primeira estação de oração.”

Os agressores gritavam "Kafirs", "infiéis", em árabe e "Juro pelo Alcorão: cortarei sua garganta".

“Eles então jogaram água em nós, tomaram uma das tochas da procissão e jogaram em nossa direção”, disse Sertillange.

Quando a polícia chegou, o grupo de pouco mais de dez pessoas fugiu. A procissão recomeçou, indo direto para a paróquia sem fazer a segunda parada prevista.

As autoridades locais disseram condenar veementemente “os insultos, ameaças e intimidações” durante a procissão.

As autoridades prometem que os órgãos responsáveis serão “mobilizados para prender e levar à justiça os perpetradores desses atos intoleráveis”.

A Diocese de Nanterre postou um comunicado em sua conta do Twitter em 11 de dezembro: “Uma procissão mariana - registrada na Prefeitura de Hauts-de-Seine - foi organizada entre as igrejas de Saint-Joseph e Sainte-Marie-des-Fontenelles em Nanterre em 8 de dezembro de 2021.”

“Durante essa marcha, foram planejadas duas paradas. Durante a primeira parada, a procissão foi envolvida por várias pessoas que proferiram insultos e ameaças grosseiras e violentas. A tocha de um fiel foi arrancada e atirada nos participantes”.

“A diocese contatou as autoridades públicas para garantir que a segurança dos fiéis, que estão legitimamente preocupados, seja totalmente garantida agora e no futuro”.

Em maio, católicos que participavam de uma procissão em Paris em homenagem aos mártires da Comuna de Paris foi atacada.

Assim que o grupo deixou a praça de la Roquette, a leste do centro da cidade, os participantes da procissão foram alvo de zombarias e assobios, informou o semanário francês Famille Chrétienne, que identificou os agressores como “antifas” ou antifascistas.

Poucos minutos depois, um grupo de cerca de 10 homens teria atacado fisicamente a procissão, derrubando bandeiras e atirando coisas.

Duas pessoas foram derrubadas, uma das quais teve que passar por atendimento médico.

Um vídeo postado nas redes sociais mostrou manifestantes da extrema esquerda socando e chutando os participantes da procissão.

A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) registrou 159 crimes de ódio contra cristãos na França no ano passado.

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