Por Redação central
Vaticano, 21 de dez de 2025 às 12:06
“Piedade e caridade, misericórdia e abandono” são as virtudes de são José que o papa Leão XIV destacou neste domingo na oração do Angelus, incentivando a tê-las em mente para passar os últimos dias do Advento.
A liturgia deste quarto domingo do Advento convida a meditar sobre a figura de são José, em particular, “no momento em que Deus lhe revela, em sonho, a sua missão”, observou o papa da janela do palácio Apostólico.
Trata-se de “uma página muito bonita da história da salvação, cujo protagonista é um homem frágil e falível como nós, mas, ao mesmo tempo, corajoso e forte na fé”, descreveu.
Tomando como referência o Evangelho segundo são Mateus (1, 19), o papa disse que José era um “homem justo” e um “piedoso israelita, cumpridor da Lei e assíduo na sinagoga”, ao mesmo tempo “José de Nazaré aparece-nos como uma pessoa extremamente sensível e humana”.
“Antes mesmo de o Anjo lhe revelar o mistério que se está a realizar em Maria, ele não opta pelo escândalo e pela condenação pública, mas escolhe o caminho discreto e benevolente do repúdio secreto (cf. Mt 1, 19)”, disse o papa.
“Mostra, deste modo, compreender o sentido mais profundo da sua própria observância religiosa: o da misericórdia”.
Segundo o papa, “a pureza e a nobreza dos seus sentimentos tornam-se ainda mais evidentes quando o Senhor, num sonho, lhe revela o seu plano de salvação, indicando o papel inesperado que deverá assumir: ser o esposo da Virgem Mãe do Messias”.
Um grande ato de fé
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O papa destacou que, em um “grande ato de fé, José abandona também a última margem das suas certezas e faz-se ao largo rumo a um futuro que está agora totalmente nas mãos de Deus”.
Nas palavras de Santo Agostinho, «à piedade e caridade de José nasceu da Virgem Maria um filho, e precisamente o Filho de Deus», disse o papa.
“Piedade e caridade, misericórdia e abandono: eis as virtudes do homem de Nazaré que a Liturgia hoje nos propõe, para que nos acompanhem nestes últimos dias do Advento, rumo ao Santo Natal”, disse Leão XIV.
Para o papa, essas «são atitudes importantes, que educam o coração para o encontro com Cristo e com os irmãos, e que podem ajudar-nos a ser, uns para os outros, presépio acolhedor, casa hospitaleira, sinal da presença de Deus».
Por isso, aconselhou: “Neste tempo de graça, não percamos a oportunidade de as praticar: perdoando, encorajando, dando um pouco de esperança às pessoas com quem vivemos e àquelas que encontramos; e renovando na oração o nosso abandono filial ao Senhor e à sua Providência, entregando-lhe tudo com confiança”.
“Que a Virgem Maria e São José nos ajudem, eles que foram os primeiros a acolher Jesus, o Salvador do mundo, com fé e grande amor”, concluiu.
