O presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei, assegurou que não permitirá o funcionamento da Planned Parenthood no país, pouco depois que o Ministério do Interior (MINGOB) concedeu a permissão de abertura de uma filial da multinacional abortista.

“Reconheço a vida desde a sua concepção e, portanto, no meu governo não tolerarei nenhum movimento que viole o que está previsto na nossa Constituição Política da República, que vá contra os valores com os quais fui criado e que entre em conflito com os meus princípios como médico”, indicou Giammattei em um comunicado publicado em 2 de novembro.

“Sou um fiel defensor da vida e sou enfático em indicar que não endossarei no meu Governo a criação, registro ou inauguração de qualquer organização que atente contra a vida”, enfatizou o mandatário.

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O comunicado de Giammattei foi uma reação à publicação do Acordo Ministerial número 231-2020, no qual o MINGOB autorizou a ONG Planned Parenthood Global, Guatemala LLC, a iniciar suas operações no país. O acordo foi oficializado em 2 de novembro por meio do Diario de Centro América, órgão oficial da República da Guatemala.

Nesta terça-feira, 3 de novembro, segundo informou PublinewsGT, o presidente guatemalteco declarou que "já foram dadas instruções para que este acordo governamental seja revogado" e que lhe surpreendeu “que tenham autorizado uma ONG com estes antecedentes”.

Também confirmou que o Ministro do Interior, Oliverio García Rodas, apresentou sua renúncia, que foi aceita.

“Oliverio García Rodas, em um ato de responsabilidade, informou-me ontem à noite que havia tomado a decisão de renunciar devido ao erro que cometeu e que considerava que houve uma rejeição muito grande”, disse o mandatário.

Após a divulgação do Acordo Ministerial 231-2020, vários grupos políticos e civis expressaram sua rejeição. Até mesmo os deputados do partido Viva pediram a renúncia do Ministro do Interior.

A Associação “A Família Importa de Guatemala” (AFI Guatemala) publicou um comunicado agradecendo ao Presidente Giammattei "por sua firme declaração em defesa do reconhecimento e proteção da vida dos guatemaltecos desde a concepção, conforme estabelece nossa Carta Magna".

Além disso, celebramos o anúncio da sua decisão de revogar imediatamente este Acordo que põe em perigo a vida dos nossos cidadãos, especialmente dos nascituros e das mulheres, em plena congruência com o compromisso que o presidente assumiu em 2019, ao assinar a Declaração Vida e Família, documento que promove a defesa da vida e da família a partir do Executivo”, acrescentou.

AFI Guatemala lembrou que Planned Parenthood "é a responsável por mais de 350 mil abortos nos Estados Unidos anualmente, disfarçando a sua finalidade abortista ao utilizar o termo ‘direitos sexuais e reprodutivos’”.

“É de conhecimento público que Planned Parenthood obtém a maior parte de seus recursos do aborto e que, na voz dos próprios diretores de suas filiais nos Estados Unidos, está envolvida na venda e tráfico de órgãos de bebês abortados”, disse a organização pró-vida.

Em seu comunicado, a AFI Guatemala disse que os funcionários públicos “contam com todo o apoio e respaldo da AFI, de nossa rede de mais de 40 Organizações, de nossos voluntários e dos guatemaltecos em geral, que estão comprometidos em trabalhar por um país no qual prevaleça o respeito à lei, à dignidade humana e aos Direitos Humanos, principalmente o direito à vida de todos sem discriminação por idade, sexo ou condição socioeconômica”.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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