A banda católica dominicana Alfareros foi indicada neste ano ao Grammy Latino de Melhor Álbum Cristão por seu disco “Setenta veces siete” e, deste projeto, faz parte uma cantora brasileira, Juliana Limah, que tem participação em uma das canções.

Alfareros foi criado em 1995 e é a primeira vez que é nomeado a este prêmio. A publicação da lista dos indicados à premiação aconteceu no dia 20 de setembro e o resultado do Grammy sairá em novembro.

“Quando fiquei sabendo a ficha demorou a cair!”, revelou Juliana em declarações a ACI Digital. “Achei que tinha entendido errado e reli várias vezes. Ao compreender, comecei a orar dando graças ao Senhor, afinal tudo é um grande feito Dele. Chorei três horas direto e fiquei com os olhos inchados”, comentou.  

A missionária católica contou que conheceu Alfareros por meio de um amigo da Guatemala. “Fiquei imensamente apaixonada pelas músicas e a verdade que há nelas”.

Em seguida, no ano de 2012, foi aprovada no projeto 10Talentos, que buscava um jovem talento de cada país. Esta iniciativa foi produzida por Junior Cabrera, que é produtor de Alfareros desde o início do grupo.

“Estive com Alfareros em 2013, no Rio de Janeiro, e acabamos criando afinidade”, recordou a cantora.

Mas, foi em janeiro deste ano que recebeu “com muita alegria e gratidão o convite para fazer a versão em português de Grandiosa”, canção que “logo se tornou um feat espanhol e português entre nós”, Alfareros e Juliana Limah.

“O lindo foi saber que eu, Danilo Gomes e Marcelo Constâncio, produtores que me auxiliaram na gravação, não sabíamos que a canção entraria no álbum ‘Setenta veces siete’. Tudo carinho de Deus”, observou.

 Sobre a música ‘Grandiosa’, Juliana explicou que “vem nos lembrar de que somos parte da perfeita criação de Deus. Não somos feitos por acaso, mas criados por amor e nos detalhes”.

“Diz que, como as estrelas, o azul do céu, pássaros a voar, nós somos importantes para Ele. Somos lindas e grandiosas, porque Ele nos fez assim. E isso, principalmente para nós mulheres, que somos cobradas por um padrão de beleza falso por todos os meios de comunicação”, acrescentou.

Missão na música católica

Natural de Petrópolis (RJ), Juliana Limah admitiu que “durante muito tempo”, tentou “fugir do chamado” a essa missão na música católica. Durante a adolescência, participou do coral das “Meninas Cantoras de Petrópolis e sonhava ser cantora de MPB”.

Até que, certo dia, “por meio do saudoso Padre Quinha”, sacerdote da Diocese de Petrópolis falecido em 2013, “o Papai (Deus) me recorda do meu chamado: ‘Sair do meu comodismo e avançar para água mais profundas!’”.

Assim, decidiu seguir sua missão para “dar almas ao Senhor”. “Daí em diante, compreendi que era hora do meu ‘ide’, pôr minhas sandálias nos pés e seguir com Cristo e por Ele”.

Durante sua caminhada, Juliana recordou que teve a “oportunidade de participar de duas músicas produzidos por Ziza Fernandes”, a qual foi diretora musical dos atos centrais da JMJ Rio 2013 e este ano foi responsável pela versão em português do Hino da JMJ Panamá 2019.

Atualmente, a cantora católica participa de missões com a juventude em Congresso, retiros, Grupo de Orações, evangelizashow. “Mas meu coração tem um grande amor por ministrar nas adorações”, revelou.

Segundo Juliana, o próximo passo dessa missão é “seguir levando a Boa Nova de Jesus por todas as partes, anunciado seu amor através da música”.

A cantora está gravando um EP intitulado ‘Jardim’, o qual será lançado em 2019. Além disso, em janeiro do próximo ano ocorrerá o esperado reencontro com Alfareros, quando participará do Festival da Juventude da JMJ, no Panamá, que acontecerá de 22 a 27 de janeiro. E, uma semana antes, estará “em missão na Costa Rica”.

“Será uma graça maravilhosa estar com Alfareros, novamente. Deus é escandalosamente bondoso! Tudo é para honra e glória do nome Dele. Sinto-me extremamente grata por fazer parte do seu plano, sendo um instrumento em suas mãos”, concluiu.

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