O presidente do Paraguai, Horacio Cartes, assegurou que o seu governo defende a vida e a família contra a ideologia do gênero.

Em uma reunião com diversos líderes e defensores da família no país, em 26 de outubro, Cartes destacou que “a embaixada paraguaia no Vaticano foi parabenizada pela posição pró-vida do Paraguai, a favor da vida e da família”.

O presidente do Paraguai estava com o Livro Negro da Nova Esquerda, de Agustín Laje e Nicolás Márquez, que analisa e nega os principais postulados da ideologia de gênero.

No Paraguai, estão vivendo uma grande controvérsia relacionada a diversas tentativas de inserir na educação das crianças e nas leis do país conceitos de ideologia de gênero, que considera que o sexo não se define biologicamente, mas é uma construção social.

Há algumas semanas, o Ministério da Educação do Paraguai estava envolvido em polêmicas, depois de reclamações de que estavam usando materiais que promoviam noções de ideologia de gênero entre os menores de idade.

Enrique Riera, Ministro da Educação, responsabilizou o governo do ex-presidente Fernando Lugo pelo polêmico material educativo e assegurou que estes já foram retirados.

“O Ministério da Educação se baseia no artigo 52 da Constituição Nacional, de uma família tradicional, de valores tradicionais, com pai, mãe, filhos: também é a minha posição e nós naturalmente respeitamos as diferentes opções, mas não as infundiremos nas escolas públicas”, disse Riera em coletiva de imprensa.

Participaram do encontro com o presidente os membros do Fórum de Diálogo Civil, a plataforma ‘Somos Muchos, muchos más’, a FEDEPAR, o Movimento pela Vida e pela Família do Paraguai, a Universidade Católica e a Associação de Instituições Educacionais Privadas do Alto Paraná.

Entre os líderes pró-vida e os defensores da família estava Mario Fernandez, do Fórum de Diálogo Civil. Em declarações ao Grupo ACI, Fernández assinalou que o encontro foi realizado para felicitar Cartes pela “posição do Paraguai em relação à ideologia do gênero, por ser pró-vida e pró-família”.

“Entretanto, seus ministros são contra isso”, disse e apontou os ministérios da Educação e da Mulher.

O Ministério da Mulher, denunciou, “atualmente está em Genebra, defendendo a posição da Anistia Internacional a respeito da inclusão da ideologia do gênero na educação das crianças”.

Na reunião de ontem, o presidente do Paraguai pediu “desculpas pelas contradições entre um ministério e outro. E, claramente, a posição desse governo é respeitar a Constituição, respeitar a família”.

Cartes assinalou que não conhecia a dimensão do termo “gênero” e a ideologia que há por trás disso.

“Muitos estamos aprendendo e não há nada de errado falar que não sabia nada a respeito, eu não entendia que isso era assim”.

“Quando falavam acerca de gênero, sempre acreditei que era masculino e feminino. Mas pelo que agora estou vendo, estão esclarecendo, é uma palavra que não está na Constituição”, assinalou.

O presidente do Paraguai indicou que “devemos corrigir” e assinalou que o governo “deve ter apenas uma posição” frente à ideologia de gênero.

“Não podemos ser ambíguos, que um ministério seja a favor da família” enquanto “o outro ministério está fazendo ou promovendo” conceitos da ideologia de gênero.

“Devemos nos posicionar absolutamente entre todos, debater. Mas a posição deste governo é a favor da família”, concluiu.

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