23 de dezembro de 2025 Doar
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Instrução sobre título de Corredentora não é uma proibição absoluta, diz especialista da Santa Sé

Instrução sobre título de Corredentora não é uma proibição absoluta, diz especialista da Santa Sé. | EWTN News

Maurizio Gronchi, consultor especializado do Dicastério para a Doutrina da Fé, disse que "não é uma proibição absoluta" o que se estabeleceu para o uso dos títulos "Corredentora" e "Medianeira" para a Nossa Senhora e que esses títulos podem ser usados ​​na piedade popular, desde que se compreenda o seu significado.

“Não é uma proibição absoluta, mas não será mais usado em documentos oficiais ou na liturgia”, disse o especialista à EWTN News. “Mas se a devoção popular o usar, compreendendo seu significado, ninguém vai aplicar sanções”.

A entrevista ocorreu depois da publicação, em 4 de novembro, do documento Mater populi fidelis (Mãe do Povo Fiel de Deus)", no qual o Dicastério para a Doutrina da Fé, liderado pelo cardeal Victor Fernandez, diz que o uso do título "Corredentora" é "sempre inapropriado" e recomenda "especial prudência" com o título "medianeira de Todas as Graças". O texto gerou controvérsia entre os fiéis, especialmente entre os que usam esses termos na Igreja.

De onde vem esse estudo sobre os termos Corredentora e Medianeira?

Gronchi disse que “a questão é antiga”.

“Esse problema está em discussão há 99 anos, desde 1926”, diz ele. “Estudamos o assunto em várias ocasiões, e o dicastério recebeu vários pedidos de esclarecimento sobre esses termos. Esses títulos apresentam um problema. Há o risco de obscurecer, de não afirmar claramente, que a centralidade do Mistério Pascal da salvação é Jesus Cristo”.

“Por essa razão”, disse o especialista, “agora é o momento de esclarecer esses títulos, para que, quando se disser que foram usados ​​no passado, signifique que isso foi feito de modo inadequado. Não significa que estava errado, mas sim que a definição desses títulos ainda não estava madura e clara”.

O consultor disse que o documento papal é uma nota doutrinal que “aprofunda, esclarece e diz que esses termos não são convenientes, não são apropriados, simplesmente porque Nossa Senhora participa da redenção, colabora com a redenção, mas não do mesmo modo que Jesus”.

Depois de dizer que Nossa Senhora é como a lua refletindo a luz do sol, um símbolo de Jesus Cristo, Gronchi disse que “Nossa Senhora dá à luz Jesus, mas Jesus morre na Cruz, não Nossa Senhora. Nossa Senhora participa com seu coração, com seu afeto, com tudo o que ela é, mas é uma participação que o documento chama de dispositiva, ou seja, Nossa Senhora nos ajuda a receber a graça de Cristo, mas ela não é a fonte da graça, nem a medianeira de todas as graças”.

A quem se sente confuso com o documento da Santa Sé, o especialista disse que “eles não devem sentir nenhuma confusão”.

“Devem rezar a Nossa Senhora e devem rezar a ela com o Santo Rosário”, diz ele. “O Rosário contém os mistérios da vida de Jesus, portanto, reza-se a Nossa Senhora meditando sobre os mistérios da vida de Jesus”.

“Esse é o modo mais simples e popular de devoção, aquela que conduz ao céu”, diz Gronchi. “Os santos já disseram isso, e rezamos a Nossa Senhora com serenidade. Se também quisermos usar a Ladainha de Loreto, que tem títulos muito bonitos, não há necessidade de acrescentar mais nada”.

“O que devemos dizer sobre Nossa Senhora”, concluiu ele, “é que ela é a Mãe do Senhor, a Mãe de Deus, a Mãe da Igreja, a Mãe do povo fiel que nos acompanha e nos guia com ternura e grande amor”.

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