19 de dezembro de 2025 Doar
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Bispos criticam promessa de governadora de Nova York de promulgar suicídio assistido

Defensores dos direitos das pessoas com deficiência em Buffalo, Nova York, EUA, numa vigília à luz de velas em oposição ao suicídio assistido. | Aliança de Nova York Contra o Suicídio Assistido

A governadora do Estado de Nova York, EUA, Kathy Hochul, vai promulgar uma lei de suicídio assistido que torna Nova York o 13º Estado nos EUA a permitir a prática. Líderes católicos se opuseram veementemente à lei.

Hochul, que classificou a decisão como "incrivelmente difícil", disse que vai promulgar o projeto de lei depois que legisladores adicionarem algumas "salvaguardas". O projeto permite que médicos administrem drogas a pacientes terminais para matá-los. Entre as adições de Hochul à lei estão a exigência de um período de espera, um pedido oral gravado para a morte e uma avaliação de saúde. A lei entra em vigor seis meses depois da promulgação.

O arcebispo de Nova York, cardeal Timothy Dolan, e outros bispos nova-iorquinos se manifestaram contra a legislação. Num breve encontro com Hochul no verão, Dolan a aconselhou a não promulgar a medida.

No início do mês, o governador de Illinois, JB Pritzker, promulgou uma lei de suicídio assistido similar. Califórnia, Colorado, Delaware, Havaí, Maine, Nova Jersey, Novo México, Oregon, Vermont, Washington e o Distrito de Columbia permitem o suicídio assistido.

Hochul, formada pela Universidade Católica da América, disse na última quarta-feira (17) que o projeto de lei permitirá que as pessoas “sofram menos — que encurtem não suas vidas, mas suas mortes”.

“Nova York sempre foi um farol de liberdade, e agora é hora de estendermos essa liberdade aos nova-iorquinos com doenças terminais que desejam o direito de morrer confortavelmente e em seus próprios termos”, disse Hochul.

“Minha mãe morreu de ELA [Esclerose Lateral Amiotrófica], e eu conheço muito bem a dor de ver alguém que você ama sofrer e ser impotente”, disse a governadora.

Numa declaração conjunta, Dolan e os bispos do Estado de Nova York disseram estar "extremamente preocupados" com o anúncio de Hochul.

Os bispos dizem que a lei coloca em risco os vulneráveis, classificando o suicídio assistido como "um grave mal moral" que "está em conflito direto com a doutrina católica sobre a sacralidade e a dignidade de toda vida humana".

“Essa nova lei sinaliza o abandono, por parte do nosso governo, dos seus cidadãos mais vulneráveis, dizendo às pessoas doentes ou com deficiência que o suicídio, no seu caso, não só é aceitável, como é incentivado pelos nossos líderes eleitos”, disse o comunicado da última quarta-feira.

O Patients' Rights Action Fund (Fundo de Ação de Direitos dos Pais), grupo apartidário que se opõe ao suicídio assistido por considerá-lo inerentemente discriminatório, disse que as "salvaguardas" em projetos de lei como o que Hochul disse que assinaria "são insuficientes" onde existem.

“As emendas adicionadas, que tentam abordar os sérios perigos que acompanham a legalização do suicídio assistido, não fazem nada para proteger as pessoas que merecem cuidados e apoio do Estado e de suas equipes médicas”, disse Matt Vallière, que dirige o grupo, em um comunicado da última quarta-feira divulgado à CNA, agência em inglês da EWTN.

Citando o caso trágico de Eileen Mihich, mulher que lutava contra uma doença mental e morreu sob a lei de suicídio assistido no Estado de Washington, Vallière disse que “é impossível impedir o abuso da lei, em que pessoas que não estão à beira da morte podem fazer uso do suicídio assistido”.

“Não existe uma verdadeira responsabilização para proteger os pacientes de possíveis danos, abusos ou coerção”, disse Vallière.

Os bispos de Nova York também expressaram preocupação com a saúde mental, dizendo que a lei "prejudicará seriamente" os esforços de prevenção ao suicídio e de assistência à saúde mental feitos por Hochul. “Como pode uma sociedade ter credibilidade para dizer a jovens ou pessoas com depressão que o suicídio nunca é a resposta, enquanto ao mesmo tempo diz a idosos e doentes que é uma escolha compassiva a ser celebrada?”

Os bispos instaram o Estado a investir em cuidados paliativos, que são áreas da medicina focadas em aliviar o sofrimento e melhorar a qualidade de vida de pessoas com doenças graves.

“Conclamamos os católicos e todos os nova-iorquinos a rejeitar o suicídio assistido por médico para si mesmos, seus entes queridos e aqueles sob seus cuidados”, disseram os bispos. “E rezamos para que nosso Estado abandone a promoção de uma cultura de morte e invista, em vez disso, em cuidados paliativos e de apoio à vida, que são seriamente subutilizados e que priorizam a compaixão”.

Vallière também pediu um melhor acesso aos cuidados paliativos.

“As declarações da governadora Hochul minam a importância dos cuidados paliativos, que proporcionam a experiência compassiva de fim de vida que tantos defendem, mas que é drasticamente subutilizada em Nova York”, disse Vallière. “Precisamos de mais acesso a esses cuidados, não de um caminho rápido para a morte na ausência deles”.

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