Nov 18, 2025 / 16:20 pm
Bispos debateram o lugar de jovens fiéis na Igreja antes da Conferência Nacional da Juventude Católica nos EUA.
Na Assembleia Plenária de Outono da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA (USCCB, na sigla em inglês), em Baltimore, EUA, bispos falaram sobre a geração jovem, enquanto muitos se preparam para participar da Conferência Nacional da Juventude (NCYC, na sigla em inglês). A conferência vai ocorrer de quinta-feira (20) a sábado (22) em Indianápolis e terá como foco a oração, a comunidade, a evangelização e o serviço entre os jovens fiéis.
No NCYC, o papa Leão XIV fará um diálogo digital com adolescentes de várias partes dos EUA. “Quando o papa fala, ele fala ao mundo, e esse será um momento maravilhoso”, disse o arcebispo da Filadélfia, Nelson Pérez. “Esse encontro envolverá os jovens em tempo real”.
Numa entrevista coletiva de imprensa em 12 de novembro na assembleia plenária de outono da USCCB, Pérez disse que “o encontro tem um profundo significado”. Ele disse: “Reflete o desejo do Santo Padre de se conectar com os jovens, com a nossa juventude, a quem seu antecessor… o papa Francisco, chamou de o agora de Deus”.
Pérez disse que, em seu tempo como padre e bispo, percebeu que os adolescentes “querem um lugar na Igreja”. Ele disse: “Eles querem ser vistos, ouvidos e valorizados, o que é muito bonito... Eles querem ser amados pela Igreja”.
“Mesmo no mundo interconectado de hoje, a Igreja pode parecer distante dos jovens”, disse o arcebispo da Filadélfia. “A escolha do Santo Padre de se encontrar com a juventude americana... é uma expressão da proximidade dele com a juventude do mundo”.
“Esse momento será uma poderosa oportunidade para os jovens testemunharem a beleza da Igreja universal com o nosso Santo Padre e expressarem as suas preocupações, as suas vozes, as suas experiências e o que está nos seus corações”, disse Pérez.
O bispo auxiliar de Nova York, Joseph Espaillat, já participou do NCYC cerca de 12 vezes. Ele disse à CNA, agência em inglês do grupo EWTN, que “a energia e o entusiasmo dos jovens” são os motivos pelos quais ele volta todos os anos.
“Não se trata só da paróquia local ou da diocese local, mas da Igreja nacional, e há algo poderoso quando nos unimos”, disse Espaillat.
O evento deste ano é “a primeira vez que o papa concede uma entrevista online ao vivo como essa”, no NCYC, disse Espaillat. “O que eu amo nisso é que a Igreja nos EUA está na vanguarda neste momento. O fato de os jovens serem o foco do nosso Santo Padre será ótimo e trará muita energia positiva para a nossa Igreja”.
Espaillat incentivou os participantes a “se abrirem e se deixarem surpreender pelo Espírito Santo”. Ele disse: “Não venham com ideias preconcebidas. É um grande evento que produz muitos frutos. Já vi jovens se transformarem completamente nesse evento”.
Os jovens se aproximam da Igreja
Enquanto milhares de adolescentes se preparam para se reunir na conferência nacional, bispos dos EUA dizem por que tantos jovens fiéis estão se voltando para a Igreja. Vários bispos disseram que a presença católica nas redes sociais está ajudando a atraí-los.
O bispo de Springfield, Massachusetts, William Byrne, disse à CNA que o crescimento exponencial de jovens fiéis que se convertem à Igreja é “incrível e empolgante”. Byrne, que foi presidente do comitê de comunicação da USCCB, falou sobre o quanto a presença online da organização ampliou o alcance dela à geração mais jovem e à população em geral.
“Começando com a doença do nosso amado papa Francisco, passando pelo funeral dele e depois pela transição para o papa Leão XIV, tivemos um crescimento de 226% nas nossas redes sociais nas quatro plataformas que usamos — TikTok, Instagram, X e YouTube”, disse ele.
“O mais incrível é que continua crescendo. Isso significa que as pessoas estão vendo e compartilhando”, disse Byrne. Ele disse especificamente que são os “jovens” que estão espalhando a mensagem online.
“Então, vemos que estamos alcançando pessoas”, disse Byrne. “Mas nosso objetivo não é fazer com que as pessoas fiquem presas aos seus celulares. Nosso objetivo é fazer com que as pessoas se voltem para Jesus Cristo e tenham a impressão de Jesus Cristo e de sua noiva, a Igreja”.
“Este é um momento empolgante. Não está isento de desafios, mas também é uma oportunidade maravilhosa”, disse Byrne. “Estamos alcançando jovens curiosos e sedentos de conhecimento. É muito gratificante ver a Igreja continuar falando ao mundo, porque a Igreja nunca perdeu sua relevância”.
O início da presença católica online acompanhou o movimento dos novos ateus, disse o bispo de Winona-Rochester, Minnesota, Robert Barron. Ele disse à CNA que o movimento era composto por “pessoas que estavam realmente moldando a cultura, dizendo: Não há propósito na vida. Viemos do nada. Não vamos a lugar nenhum. Não existe valor moral objetivo”.
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“Muitas pessoas, entre elas eu, começaram a usar as redes sociais com uma voz religiosa”, disse Barron. “Pessoas que não tinham ouvido uma voz religiosa ou que não tinham religião… podiam encontrar pessoas como eu e muitas outras que estavam realmente falando sobre Deus e sobre religião”.
“Mas acho que, à medida que toda uma geração atingiu a maioridade, percebeu o quão desesperadamente triste e vazia essa mensagem é”, disse Barron. “Existe essa fome de Deus no coração, e isso simplesmente se reafirma. Acho que muitos jovens que foram criados com essa filosofia muito superficial começaram a se voltar para a religião”.
À medida que mais jovens fiéis se envolvem na formação da juventude, seja em suas paróquias ou em encontros maiores como o NCYC, Barron disse que os encoraja a aproveitar as oportunidades para "construir comunidade e um senso de família com outros fiéis".
Barron, fundador da organização de mídia católica Word on Fire, tem cerca de 3 milhões de inscritos no YouTube e milhões de seguidores em outras plataformas de mídia social. Mas, segundo ele, “uma desvantagem das mídias sociais é que elas formam um mundo um tanto privado. Muitas pessoas podem ter acesso a elas, mas de modo privado”.
“Talvez através das redes sociais um indivíduo encontre um caminho para a religião, mas olhar ao redor de uma sala e ver milhares de outras pessoas que estão num caminho semelhante — isso é algo maravilhoso”, disse Barron.
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