17 de dezembro de 2025 Doar
Um serviço da EWTN News

Para conferência episcopal dos EUA crise dos migrantes afeta liberdade religiosa

Maura Moser modera discussão ontem (11) sobre migração com bispos americanos em Baltimore, EUA. | Shannon Mullen/National Catholic Register

A Conferência dos Bispos Católicos dos EUA (USCCB, na sigla em inglês) disse que a aplicação das leis de imigração nos EUA é uma "situação de crise" que afeta a dignidade humana e a liberdade religiosa no país.

Numa entrevista coletiva na Assembleia Plenária de Outono da USCCB 2025, em Baltimore, o presidente da USCCB, o arcebispo Timothy Broglio; o bispo de El Paso, Texas, Mark Seitz; e o bispo de Fort Wayne-South Bend, Indiana, Kevin Rhoades, falaram sobre a situação dos migrantes e a “incerteza” que eles sentem em meio à aplicação das leis de imigração nos EUA.

Em entrevista coletiva ontem (11), Broglio disse que a aplicação das leis de imigração está "impedindo que as pessoas levem seus filhos à igreja, à escola ou ao pronto-socorro".

"Nós, como pastores, gostaríamos de aliviar esse medo e assegurar às pessoas que estamos com elas", disse Broglio.

“Acho que existe uma notável unidade entre todos os bispos. Esta é uma questão de dignidade humana”, disse o arcebispo. “O Evangelho nos ensina, sobretudo, a sermos compassivos, a acolhermos os imigrantes e a simplesmente nos preocuparmos com o bem-estar deles”.

“Para nós, essa questão não é abstrata”, disse Seitz. “É pessoal, porque somos pastores… Nos preocupamos com o nosso povo, e nos preocupamos especialmente com os mais vulneráveis ​​e os mais necessitados”.

“Bispos de todas as dioceses” estão vendo “pessoas em nossas dioceses sendo envolvidas nesse esforço para perseguir imigrantes”, disse Seitz. “Digo isso num sentido muito amplo, porque, embora o governo diga que estão atrás de criminosos, o alcance da perseguição vai muito além disso”.

“Embora concordemos que pessoas que representam uma ameaça à nossa comunidade devam ser retiradas das ruas depois de serem condenadas, a operação policial prendeu muitas outras pessoas e corre o risco de desconsiderar o devido processo legal”, disse o bispo de El Paso.

Seitz disse que o direito ao devido processo legal é “parte fundamental da abordagem básica de nossa nação, segundo a qual todos têm certos direitos” e que “esses direitos devem ser respeitados por meio de um processo que nos permita apurar se eles de fato cometeram algum ato que violou nossa lei”.

Uma questão de liberdade religiosa

Negar a comunhão aos detidos é "uma questão de liberdade religiosa", disse a USCCB, dizendo que o comitê de Liberdade Religiosa da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA está "muito preocupado" com isso.

O comitê se reuniu na última segunda-feira (12) para discutir como garantir que as pessoas em centros de detenção recebam “cuidado pastoral e espiritual, e especialmente a graça dos sacramentos”, disse Rhoades. “Ninguém perde esse direito quando está detido. Seja a pessoa documentada ou não, este é um direito fundamental dela”.

“É de partir o coração pensar no sofrimento”, disse o bispo de Fort Wayne-South Bend. “Especialmente daqueles que foram detidos, separados de suas famílias, aqueles que não cometeram crimes. Eles precisam de apoio espiritual neste momento, e precisam dos sacramentos”.

Repórteres perguntaram aos bispos se planejam conversar com o governo Trump sobre as políticas migratórias do governo, que afetam paróquias em todos os EUA.

Seitz disse que a USCCB está trabalhando numa declaração para a reunião de outono da conferência episcopal. "Como bispos, queremos falar a partir de quem somos e, certamente, abordamos questões de princípio, como a liberdade religiosa... [e] a dignidade humana".

“Vamos tentar nos manter fiéis aos nossos princípios… em qualquer declaração que fizermos”, disse ele. “Mas também queremos que seja algo muito claro e fundamentado no Evangelho… Acredito que também falará aos imigrantes, não só ao nosso governo”.

“Será uma mensagem de solidariedade aos nossos irmãos e irmãs que se encontram em dificuldades ou com medo, para que saibam que não estão sozinhos, que os seus pastores estão ao lado deles”, disse Seitz.

Rhoades disse que o objetivo da mensagem é também "cruzar as linhas divisórias", já que a Igreja "não é partidária".

“Estamos falando de vidas humanas nos EUA e de princípios realmente importantes para o nosso país — como a dignidade humana [e] a liberdade religiosa”, disse Rhoades. “Tenho esperança de que possamos superar esse impasse”.

Depois, Seitz disse que a USCCB está lançando a iniciativa You Are Not Alone (Você Não Está Sozinho) para migrantes, que vai se concentrar em “apoio emergencial e familiar, acompanhamento e cuidado pastoral, comunicação e doutrina da Igreja… e solidariedade por meio da oração e do testemunho público”.

As melhores notícias católicas - direto na sua caixa de entrada

Inscreva-se para receber nosso boletim informativo gratuito ACI Digital.

Suscribirme al boletín

Nossa missão é a verdade. Junte-se a nós!

Sua doação mensal ajudará nossa equipe a continuar relatando a verdade, com justiça, integridade e fidelidade a Jesus Cristo e sua Igreja.

Doar