10 de out de 2025 às 09:39
O papa Leão XIV falou sobre políticas de migração e respeito a migrantes vulneráveis numa reunião ontem (9) com o arcebispo de Chicago, EUA, cardeal Blase Cupich, e líderes trabalhistas no Vaticano.
“Saibam da minha gratidão pela acolhida que vocês deram aos migrantes e refugiados, especialmente pelo apoio a bancos de alimentos e abrigos”, disse o papa. “Embora reconheçam que políticas adequadas são necessárias para manter as comunidades seguras, encorajo-os a continuar a defender que a sociedade respeite a dignidade humana dos mais vulneráveis”.
Em seu encontro com líderes sindicais de Chicago, o papa também elogiou o trabalho deles para “melhorar o bem comum e ajudar a criar uma sociedade onde todos possam prosperar”.
Respeitando a dignidade dos fracos, disse Leão XIV, “vocês estão colocando em prática o chamado do meu amado predecessor, o papa Francisco, que exortou cada sindicato a renascer a cada dia nas periferias”.
O grupo viajou a Roma para o Jubileu da Esperança.
"Além de passar pelas portas santas e participar de outros exercícios espirituais, vocês também estão dedicando tempo ao estudo de questões importantes relacionadas aos direitos e deveres dos trabalhadores", disse o papa. "Rezo para que esse tempo seja frutífero tanto para suas mentes quanto para seus corações".
Os comentários de Leão XIV foram feitos em meio a um debate em andamento nos EUA sobre imigração e deportação, com o governo do presidente Donald Trump adotando medidas severas de fiscalização.
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Chicago tornou-se, nos últimos dias, o centro dos protestos contra o Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE, na sigla em inglês), que recentemente implementou medidas de fiscalização reforçadas na cidade contra imigrantes ilegais no país. O governo Trump apelidou a iniciativa de "Operação Midway Blitz".
A agência federal teria detido cerca de mil imigrantes na região, usando helicópteros e uma intensa operação porta a porta para prender aqueles que supostamente estão ilegalmente nos EUA. O governador do Estado de Illinois, J.B. Pritzker, disse que os agentes estão "transformando [a cidade] numa zona de guerra".
As tensões aumentaram em 6 de outubro, quando o prefeito de Chicago, Brandon Johnson, assinou um decreto proibindo autoridades migratórias de "usar qualquer propriedade da cidade em suas operações em andamento em Chicago". Desde então, o governo Trump enviou tropas da Guarda Nacional dos EUA para a cidade para proteger propriedades federais.
Enquanto isso, autoridades do ICE se envolveram em vários conflitos de alto nível com residentes, como disparos de munição não letal contra um ministro presbiteriano, que atualmente está processando o governo Trump pelo incidente.




