8 de dezembro de 2025 Doar
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Proteções à liberdade religiosa em nível estadual crescem nos EUA nos últimos anos

Neste ano, 30 Estados dos EUA adotaram uma versão da Lei Federal de Restauração da Liberdade Religiosa (RFRA, na sigla em inglês). | Leigh Prather/Shutterstock

As proteções à liberdade religiosa nos EUA aumentaram nos últimos anos, com vários Estados do país adotando leis para fortalecer o direito constitucional de exercer livremente a própria religião.

Neste ano, 30 Estados dos EUA adotaram uma versão da Lei Federal de Restauração da Liberdade Religiosa (RFRA, na sigla em inglês) ou proteção legislativa semelhante para a liberdade religiosa.

Os Estados mais recentes a adotar essas proteções para leis estaduais nos EUA foram Geórgia e Wyoming neste ano e Iowa, Utah e Nebraska no ano passado. Virgínia Ocidental e Dakota do Norte adotaram as proteções em 2023 e Dakota do Sul e Montana fizeram o mesmo em 2021.

A RFRA foi adotada pela primeira vez em 1993, quando o então presidente Bill Clinton, do Partido Democrata, a promulgou para ampliar as proteções à liberdade religiosa. Segundo a lei, o governo federal não pode "sobrecarregar substancialmente" o livre exercício da religião, a menos que haja um "interesse governamental imperioso" e que seja exercido da forma "menos restritiva" possível.

O Congresso dos EUA aprovou a lei em resposta à decisão da Suprema Corte do país em 1990 no caso Employment Division v. Smith, que dizia que a primeira emenda da Constituição dos EUA não era violada se a lei fosse "neutra e geralmente aplicável". A lei tinha como objetivo dar uma salvaguarda mais forte para o livre exercício da religião do que a fornecida pelo mais alto tribunal.

Consenso bipartidário desaparecido, mas oposição enfraquecida

Quando a RFRA foi adotada nos EUA em nível federal na década de 1990, as proteções tinham amplo apoio bipartidário. Na década de 2010, esse consenso bipartidário diminuiu, à medida que a maioria dos membros do Partido Democrata se opunha às proteções.

Tim Schultz, presidente da associação 1st Amendment Partnership, disse à CNA, agência em inglês da EWTN, que, em 2013, dois Estados dos EUA adotaram a RFRA com apoio quase unânime dos republicanos e cerca de dois terços dos democratas. No entanto, a lei tornou-se mais controversa depois de uma decisão da Suprema Corte dos EUA em 2014 a favor de isentar a empresa de varejo americana Hobby Lobby da obrigação de fornecer drogas abortivas com base na RFRA.

“Esse [apoio bipartidário] parece ter ocorrido há um milhão de anos”, disse Schultz. “Agora, eu diria que o apoio republicano é praticamente o mesmo de então. O apoio democrata está abaixo de 5%”.

Embora Schultz não tenha expressado otimismo de que o apoio bipartidário possa voltar em breve, ele atribuiu algumas mudanças culturais ao forte sucesso nos Estados de tendência republicana nos últimos quatro anos.

De 2014 a 2020, ele disse que grupos empresariais e grupos LGBT “estavam trabalhando juntos de forma muito forte... em oposição aos projetos de lei de liberdade religiosa”, porque os viam como ameaças a certas leis antidiscriminação relacionadas às políticas de local de trabalho por parte de empregadores religiosos.

No entanto, depois de 2020, disse Schultz, “as políticas da RFRA são muito mais favoráveis” e houve “muito menos oposição de grupos empresariais”.

Um dos motivos para essa mudança, segundo ele, foi a história amplamente divulgada de Lia Thomas (William Thomas), nadador que se identifica com o sexo oposto que competiu em esportes femininos. Isso levou as pesquisas a "mudar em todas as questões relacionadas à comunidade LGBT", disse Schultz.

Outro motivo, disse ele, foi a resposta às políticas relacionadas à ideologia de gênero da rede de lojas Target e a anúncios da marca de cerveja Bud Light, o que levou à "raiva do consumidor contra ambas". Schultz disse que o dinheiro perdido pelas corporações "fez com que grupos empresariais dissessem que não vão ter a mesma postura".

Apesar do partidarismo que alimenta o debate atual, Schultz disse que a RFRA tem sido usada para defender a liberdade religiosa numa ampla gama de questões, algumas das quais agradaram aos conservadores e outras aos progressistas.

Embora a RFRA tenha sido usada para defender a liberdade religiosa em questões relacionadas à contracepção, ao aborto, ao gênero e à sexualidade, ela também tem sido usada para defender organizações religiosas que prestam serviços a migrantes.

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