Marcha pela vida atrai bispos e milhares de pessoas às ruas de Berlim e Colônia

Sep 24, 2025 / 11:27 am

Milhares de ativistas pró-vida se reuniram nas cidades de Berlim e Colônia no último sábado (20) para a Marcha pela Vida anual na Alemanha. 

A polícia impediu tentativas de interrupção por ativistas de esquerda.

As manifestações pacíficas marcaram o terceiro ano de marchas simultâneas em ambas as cidades. Os participantes carregavam balões coloridos e cartazes defendendo a dignidade humana desde a concepção até a morte natural.

Apoio episcopal energiza manifestantes

O bispo de Refensburg, Alemanha, se uniu a milhares de manifestantes em Berlim, caminhando ao lado do bispo auxiliar de Berlim, Matthias Heinrich, pelas ruas da capital alemã.

A marcha de Berlim começou na Washingtonplatz, perto do portão de Brandemburgo, onde os participantes carregavam balões vermelhos e verdes como símbolos da proteção da vida.

Em Colônia, o bispo auxiliar da cidade, Dominik Schwaderlapp, celebrou a missa com fiéis antes do início da marcha em Neumarkt, no centro da cidade. O bispo de Limburg, Georg Bätzing, presidente da Conferência Episcopal Alemã, contribuiu com uma mensagem escrita enfatizando que a vida "é um dom de Deus que o homem não adquire por si mesmo, mas lhe é confiado".

 

 

Perspectiva global fundamenta encontro alemão

Alexandra Linder, presidente da Associação Federal pelo Direito à Vida, falou à multidão em Berlim com gratidão pela forte participação e pelo clima favorável, destacando o alcance internacional do ativismo pró-vida. Ela destacou uma marcha inaugural histórica em Vilnius, Lituânia, e um evento simultâneo em Zurique, Suíça, assim como a próxima marcha em Viena, Áustria, marcada para 4 de outubro. 

Johanna Durairaj, da organização Vida para Todos, trouxe um testemunho da Índia, onde milhões de abortos ocorrem anualmente.

As manifestações destacaram os apelos pela proteção da consciência, com o farmacêutico Andreas Kersten defendendo o direito de recusar a distribuição da contraceptiva “pílula do dia seguinte” por motivos morais como um exemplo essencial de seguir a própria consciência. 

Felix Böllmann, do grupo de defesa jurídica da liberdade religiosa Alliance Defending Freedom (ADF International), disse à EWTN Alemanha, que cobriu todo o evento, que embora a liberdade de reunião permita tais manifestações, “a liberdade de consciência também é protegida constitucionalmente”.

O professor Holm Schneider, pediatra da Universidade de Erlangen, Alemanha, deu um testemunho convincente sobre uma gravidez de quádruplos em que todos os quatro filhos nasceram apesar das recomendações médicas de "aborto seletivo", descrevendo isso como "um testemunho comovente da vida que deixa claro que todas as crianças podem ser bem-vindas".

A Associação Federal Alemã pelo Direito à Vida revelou demandas políticas abrangentes, como estatísticas completas sobre aborto e pesquisas sobre as causas de aborto, avaliações de qualidade de centros de aconselhamento sobre conflitos na gravidez e o reconhecimento de que “a existência humana começa com a concepção”.

A organização exigiu proteção irrestrita de consciência para profissionais médicos, inclusive no treinamento.

Abordando a legislação sobre morte assistida, a associação declarou o suicídio assistido "uma declaração de falência da sociedade", ao mesmo tempo em que pedia a expansão dos serviços de cuidados paliativos e de hospício.

Solidariedade suíça reforça declaração

Simultaneamente, a Marcha pela Vida da Suíça, em Zurique, atraiu cerca de 2 mil participantes. 

O evento se concentrou nos desafios da medicina pré-natal, ouviu depoimentos de sobreviventes de abortos tardios e debateu a cobertura de seguro para abortos.

As manifestações pacíficas representam um impulso contínuo para os movimentos pró-vida europeus que navegam em cenários culturais e políticos complexos, ao mesmo tempo em que mantêm seu compromisso com a dignidade humana.