Sep 12, 2025 / 10:26 am
Depois que duas crianças foram mortas e cerca de 20 pessoas foram feridas por um homem que se identificava com o sexo oposto em Minneapolis, EUA, no mês passado, escolas católicas em todo os EUA estão avaliando suas medidas de segurança, com algumas contratando seguranças e outras permitindo que professores e funcionários andem armados.
A diocese de Buffalo, Nova York, EUA, anunciou esta semana que contratou seguranças armados para as 29 escolas primárias católicas em sua jurisdição e também contratou um "consultor de segurança" para ajudar a criar "planos de segurança abrangentes adaptados a cada comunidade escolar".
Joleen Dimitroff, superintendente das escolas católicas na diocese, enviou uma carta aos pais informando-os sobre as decisões, que ela disse serem "um reflexo de nossa crença compartilhada de que a segurança de nossas crianças não tem preço e deve ser protegida com o mais alto nível de cuidado".
As reações dos pais foram mistas. Marc Bruno, professor de escola pública de Buffalo, considerou "uma medida necessária".
“Ninguém quer ver armas nas escolas”, disse ele à ABC News, emissora de televisão local da WKBW. No entanto, disse Bruno, “se você observar alguns dos tiroteios anteriores, diretores jogaram seus corpos no atirador, e, como se sabe, nossos corpos não têm a mínima chance contra uma bala”.
Uma mãe se opôs à medida, dizendo que ter seguranças armados colocaria "a vida das crianças em perigo". Ela disse que não continuará mandando o filho para a escola com seguranças armados presentes, enfatizando que seu filho "não tem permissão para comer pasta de amendoim na sala de aula para proteger as crianças, mas querem um estranho andando pelos corredores com uma arma?"
Armar professores
Uma solução menos comentada entre as escolas católicas é a prática de armar os funcionários da escola, entre eles os professores.
No Estado de Ohio, cerca de 100 distritos escolares públicos — e até mesmo algumas escolas cristãs particulares — têm funcionários armados anônimos este ano, contra 67 no ano anterior, segundo uma lista divulgada pelo Departamento de Segurança Pública de Ohio.
A Hametown Christian Academy, escola particular em Norton, Ohio, permite funcionários armados.
Rick Wright, pastor associado e chefe de segurança escolar, disse ao jornal Akron Beacon Journal em 25 de agosto que o conselho escolar decidiu que era "prudente armar professores e funcionários" devido ao aumento de tiroteios em escolas nos últimos anos.
“Uma arma não é má”, disse Wright. “É uma ferramenta, e o fato de alguns de nossos funcionários poderem estar armados é um dissuasor”.
Os nomes e números de professores e outros funcionários da escola que portam armas não são de domínio público, nem o número total de funcionários armados em cada distrito. Todos os funcionários armados são treinados para usar suas armas, segundo Wright.
As escolas colocam placas alertando os visitantes sobre a política de armas, na esperança de que o conhecimento de que os funcionários estão armados sirva como "um dissuasor", disse Wright.
“Uma placa de zona de proibição de armas", disse Wright, "está dizendo a alguém que pode entrar aqui e atirar o quanto quiser".
“Funciona ao contrário: você se torna um alvo fácil”, disse ele.
Uma escola católica independente no sul dos EUA, que deseja permanecer anônima, disse à CNA, agência em inglês da EWTN, que, depois de uma grande discussão sobre a segurança do campus, os administradores chegaram a uma política de segurança "informal" que envolve funcionários armados.
“Temos quase certeza de que alguns professores têm armas em seus carros”, disse um administrador à CNA.
Devido à "alta qualidade dos professores" da escola, o administrador disse que a direção "chegou à conclusão de que os professores iriam atrás de um sujeito armado em vez de fugir". A escola "chamaria a polícia e, em seguida, os professores armados usariam... força letal", se necessário, para proteger os alunos. “Estamos dispostos a apostar que essa seria uma resposta suficiente”.
Financiamento para medidas de segurança
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O financiamento para as novas medidas de segurança na diocese de Buffalo para o ano letivo de 2025-2026 foi fornecido pela Fundação da Diocese Católica Romana de Buffalo, segundo Dimitroff. As mensalidades aumentarão nos anos subsequentes para cobrir o custo, que também poderá ser coberto por financiamento público.
James Cultrara, diretor de educação da Conferência Católica do Estado de Nova York, disse à CNA depois do tiroteio escolar em Sandy Hook, Connecticut, em 2012, que legisladores do Estado de Nova York instituíram duas fontes de financiamento para lidar com a segurança escolar: uma para escolas públicas e outra para escolas particulares.
O programa de financiamento para escolas privadas foi ampliado em dez vezes, de US$ 7 milhões (cerca e R$ 37,7 milhões) inicialmente para cerca de US$ 70 milhões (cerca de R$ 377,5 milhões). As escolas podem usar os fundos para tratar de qualquer assunto relacionado a "saúde, segurança e proteção". A mitigação de riscos ambientais, assim como câmeras de segurança, guardas de segurança e fechaduras remotas, são cobertos pelo financiamento, disse Cultrara.
A Conferência Católica de Minnesota divulgou uma declaração em 5 de setembro dizendo que "acolhe uma discussão legislativa mais ampla sobre a prevenção da violência armada" e pedindo à Assembleia Legislativa de Minnesota que aborde as disparidades de financiamento de segurança entre escolas públicas e privadas.
Jason Adkins, diretor executivo da Conferência Católica de Minnesota, disse que, embora a Igreja em Minnesota “tenha apoiado há muito tempo regulamentações sensatas sobre armas, como ordens de proteção e verificações de antecedentes expandidas”, nenhuma dessas medidas impediu “a tragédia da [escola da] Anunciação”.
Adkins disse que, embora "os americanos tenham o direito de ter armas de fogo", esse direito traz consigo responsabilidades, como a dos funcionários públicos de abordar as "causas mais profundas da violência — problemas de saúde mental, desintegração familiar e um desespero crescente, muitas vezes agravado por ideologias prejudiciais, abuso de substâncias e os efeitos da ausência de Deus na vida das pessoas".
Adkins pediu à assembleia legislativa que reconsidere as leis recentemente promulgadas que flexibilizam as restrições ao THC (derivado da planta de cannabis) e “o tratamento amplamente debatido de jovens que sofrem de disforia de gênero”.
Uma lei controversa de Minnesota proíbe conselheiros de saúde mental de praticar a chamada terapia de conversão em jovens que têm tendências homossexuais e se identificam com o sexo oposto, o que na prática significa que terapeutas que querem ajudar pessoas que não querem adotar uma identidade LGBT têm medo, segundo com o terapeuta cristão David Kirby, que testemunhou contra a legislação antes de sua aprovação.
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