5 de dezembro de 2025 Doar
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Santa Sé inclui peregrinação de grupo tradicionalista no Jubileu 2025

Milhares de pessoas lotam a praça de São Pedro para a missa de boas-vindas ao Jubileu da Juventude, em 29 de julho de 2025, no Vaticano. | Vatican Media

A Santa Sé incluiu uma peregrinação da Fraternidade São Pio X (FSSPX) em seu calendário oficial para o Ano Jubilar 2025.

A FSSPX, fundada em 1970 pelo arcebispo Marcel Lefebvre em Ecône, Suíça, para preservar a liturgia e a doutrina católica tradicional anterior às reformas do Concílio Vaticano II (1962-1965), fará uma missa solene e uma procissão até a basílica de São João de Latrão, em Roma, na quarta-feira (20).

Em preparação para a peregrinação a Roma, a FSSPX iniciou uma novena à Imaculada Conceição de 11 a 19 de agosto.

A FSSPX, liderada pelo superior geral, padre Davide Pagliarani, vê a peregrinação como um ato de fidelidade à “Roma Eterna”, enfatizando seu compromisso com a liturgia tradicional, conforme declarado numa carta do ano passado do superior do Distrito dos EUA, padre John Fullerton.

“Nosso foco principal é o sacerdócio e seu maior tesouro: o santo sacrifício da Missa”, diz o site da FSSPX .

A inclusão do grupo num ano jubilar de celebração e perdão feito a cada 25 anos reflete os esforços da Igreja ao longo dos anos para se reconciliar com o grupo em meio ao status canonicamente irregular da FSSPX .

A conturbada história da FSSPX com a Santa Sé começou com a divergência de Lefebvre em relação às mudanças do Vaticano II, particularmente no ecumenismo e na colegialidade, "que insistiam que a Igreja fosse governada principalmente pelo processo democrático e pelas conferências episcopais, limitando o poder do papa como único chefe da Igreja universal, assim como a autonomia de cada bispo dentro de sua própria diocese", segundo o site do grupo.

A consagração de quatro bispos por Lefebvre em 1988 sem a aprovação papal levou à sua excomunhão e à dos bispos, considerada um "ato cismático" pelo papa são João Paulo II, tornando a FSSPX canonicamente ilegítima.

Embora o papa Bento XVI tenha levantado as excomunhões em 2009, o grupo permanece fora da plena comunhão com a Igreja.

No entanto, concessões recentes da Santa Sé sinalizam abertura ao diálogo. O papa Francisco concedeu aos padres da FSSPX a faculdade de ouvir confissões validamente em 2015, prorrogada indefinidamente depois de 2016, e autorizou a supervisão diocesana para casamentos válidos da FSSPX em 2017.

A FSSPX diz ter atualmente 720 padres e cerca de meio milhão de fiéis espalhados pelo mundo, inclusive no Brasil. Ela tem vários ministérios em crescimento, como retiros e acampamentos de verão para crianças.

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