5 de dezembro de 2025 Doar
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Grupo de direitos cristãos rebate relatório pró-aborto que acusa cristãos conservadores de ‘extremismo’

Edifício do Parlamento Europeu em Bruxelas, Bélgica. | Ala z via Wikimedia (CC BY-SA 3.0)

Uma organização cristã de direitos humanos rechaçou acusações de ser extremista em um relatório de um grupo europeu de defesa do aborto.

O Fórum Parlamentar Europeu para os Direitos Sexuais e Reprodutivos lançou A Próxima Onda no fim de junho, um relatório que liga organizações cristãs pró-vida ao “extremismo religioso”.

Segundo o documento, uma “nova aliança de extremistas religiosos, populistas de extrema direita e financiadores oligárquicos” estaria se infiltrando na política tradicional.

Hipocrisia

Felix Böllmann, diretor de advocacia europeia do grupo de defesa jurídica da liberdade religiosa Alliance Defending Freedom (ADF International), chamou o relatório de "uma tentativa mal disfarçada de silenciar oponentes ideológicos sob o disfarce de pesquisa acadêmica" numa entrevista ao jornal católico alemão Die Tagespost.

O fórum se apresenta como neutro, mas opera como uma "rede ativista bem financiada", disse Bölmmann. A organização recebe cerca de € 3 milhões de euros (cerca de R$ 19 milhões) por ano de doadores como a Fundação Gates, a Open Society Foundation, de George Soros; a multinacional farmacêutica Merck Sharp & Dohme; o Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) e a Planned Parenthood, mátrio multinacional de abortos do mundo.

“É extremamente hipócrita que uma organização como essa acuse outros de dinheiro obscuro quando ela própria depende de financiamento opaco e ideologicamente motivado”, disse Böllmann a Die Tagespost.

Estratégia 5D

O relatório rotulou a ADF International como extremista, ao lado de organizações católicas como a Ordo Iuris, da Polônia, e a Civitas Christiana, da Holanda.

Até mesmo a Hungary Helps, instituição de caridade que apoia cristãos perseguidos, foi classificada como “inimiga dos direitos sexuais”.

Böllmann vê nisso “um plano para privar as vozes cristãs e conservadoras de legitimidade, apoio financeiro e acesso ao debate público”.

A abordagem visa “impor uma agenda sociopolítica por meio da instrumentalização de um conceito mal compreendido de direitos humanos”, disse ele.

Böllmann contestou o uso indefinido do termo "extremismo religioso" pelo fórum. Ao contrário dos documentos oficiais antiterrorismo da União Europeia (UE) que focam na violência, o grupo aplica o rótulo a organizações que "investem financeiramente em movimentos conservadores e questionam códigos construídos, como o direito à saúde sexual e reprodutiva".

“Tal autodefinição é claramente baseada em premissas ideológicas, não em padrões objetivos e legais”, disse ele.

Influência do lobby

Apesar de seu status de ONG (organização não-governamental), a aliança altas na política da União Europeia (EU), influenciando relatórios, audiências e resoluções do Parlamento Europeu. Ela organiza redes parlamentares interpartidárias e dá a legisladores relatórios especializados, "criando efetivamente uma infraestrutura de lobby dentro do Parlamento Europeu".

O grupo do fórum surgiu em 2000 como um desdobramento da fundação internacional da Planned Parenthood, cujas origens remontam a Margaret Sanger, fundadora da Planned Parenthood defensora da eugenia.

O orçamento do grupo para 2023 totalizou US$ 2,38 milhões (cerca de R$ 12 milhões), com 45% de doadores públicos, 31% de fundações e 20% de empresas farmacêuticas.

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“Quanto mais eles tentam nos silenciar, mais claro fica: nosso trabalho está tendo impacto — em nosso compromisso com as liberdades fundamentais na Europa e além”, disse Böllmann ao Die Tagespost.

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