5 de dezembro de 2025 Doar
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Secretaria do sínodo da Santa Sé adia relatórios sobre questões controversas

Participantes do Sínodo da Sinodalidade se reúnem para uma foto em grupo em 26 de outubro de 2024. | Vatican Media

A secretaria do sínodo da Santa Sé disse que os relatórios finais do Sínodo da Sinodalidade sobre grupos de estudo da sinodalidade — como opiniões sobre mulheres diaconisas e questões doutrinárias controversas, como a inclusão de pessoas com tendências homossexuais e que se identificam com o sexo oposto — foram adiados até o fim do ano.

Os grupos de estudo, formados pelo papa Francisco para examinar tópicos que ele retirou da mesa para discussão na segunda sessão do Sínodo da Sinodalidade, que aconteceu em outubro do ano passado, terão até 31 de dezembro para apresentar seus resultados finais — uma extensão de seis meses do prazo original de 30 de junho, segundo a secretaria-geral do sínodo.

Enquanto isso, a liderança do sínodo publicará breves relatórios provisórios dos grupos de estudo este mês.

Um porta-voz da secretaria do sínodo disse à CNA, agência em inglês da EWTN, que a maioria das dez comissões havia pedido mais tempo para concluir seus relatórios depois de atrasos devido à morte do papa Francisco e à "sede vacante". No mês passado, elas receberam aprovação do papa Leão XIV para prosseguir.

As comissões de estudo são compostas por cardeais, bispos, padres e especialistas leigos de dentro e de fora da Santa Sé.

Os dez grupos de estudo foram formados a pedido do papa Francisco em fevereiro do ano passado, com base em temas discutidos em outubro de 2023, na primeira sessão do Sínodo da Sinodalidade. Em sua carta pedindo grupos de estudo, o papa disse que essas questões "requerem um estudo aprofundado", para o qual não haveria tempo na segunda sessão, no ano passado.

A decisão de Francisco efetivamente transferiu a discussão dos tópicos mais controversos da assembleia sinodal — como mulheres diaconisas e inclusão de pessoas com tendências homossexuais e que se identificam com o sexo oposto — dos cerca de 200 participantes do sínodo para pequenos painéis de especialistas.

Um dos grupos de estudo mais observados é o que aborda os ministérios na Igreja, especificamente a questão do diaconato feminino. O grupo, cuja lista de membros não foi divulgada, está sob a direção do Dicastério para a Doutrina da Fé.

Segundo a secretaria do sínodo disse no ano passado, esse “é o contexto em que a questão sobre o possível acesso das mulheres ao diaconato pode ser adequadamente colocada”.

Outro grupo foi encarregado de tratar sobre abordagens pastorais para tópicos éticos e antropológicos que não foram especificados publicamente.

O papel dos grupos é consultivo. O papa pode usar os relatórios finais para tomar decisões pela Igreja sobre os temas abordados.

A secretaria do sínodo, responsável pela coordenação dos trabalhos dos grupos de estudo, publicou ontem (7) o texto Pistas para a Fase de Implementação do Sínodo.

O livreto, dirigido aos bispos diocesanos e às equipes sinodais locais, diz que Leão XIV adicionou grupos de estudo sobre dois tópicos — "a liturgia numa perspectiva sinodal" e "o estatuto das conferências episcopais, assembleias eclesiais e conselhos particulares" — aos grupos existentes.

O documento não diz se os dois grupos de estudo adicionais precisarão produzir relatórios e quando. Um porta-voz da secretaria do sínodo disse que não acreditava que eles forneceriam relatórios até o prazo de 31 de dezembro.

“Também é responsabilidade do secretariado garantir que as decisões do papa, amadurecidas também a partir dos resultados desses grupos, sejam harmoniosamente integradas ao caminho sinodal em andamento”, diz o documento.

O documento, que pretende servir de orientação para os bispos implementarem a sinodalidade em suas dioceses, também descreve o que pode ser esperado na próxima fase do sínodo, que culminará com uma assembleia da Igreja em outubro de 2028.

Segundo os líderes do sínodo, o período de junho de 2025 a dezembro de 2026 será dedicado aos “caminhos de implementação” da sinodalidade nas Igrejas locais e nos agrupamentos de Igrejas.

Em 2027, a secretaria do sínodo organizará assembleias de avaliação diocesanas e depois nacionais antes de fazer avaliações continentais na primeira parte de 2028.

“É útil reiterar que a avaliação não é uma forma de julgamento ou controle, mas sim uma oportunidade de nos perguntarmos em que ponto chegamos no processo de implementação e conversão, destacando o progresso feito e identificando áreas para melhoria”, diz o documento orientador.

O secretário-geral do Sínodo da Sinodalidade, cardeal Mario Grech, disse no documento que “a intenção é garantir que o processo avance com uma profunda preocupação pela unidade da Igreja”.

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