A fase de implementação do Sínodo da Sinodalidade é essencialmente “prática”, pois as dioceses devem “definir e aplicar as conclusões do sínodo na vida da igreja local”, disse o bispo Luís Marín de San Martín, OSA, secretário adjunto do Sínodo dos Bispos à 40ª Assembleia Geral do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam).

A assembleia reúne líderes das 22 conferências episcopais da América Latina e do Caribe no Rio de Janeiro (RJ). Começou ontem (27) e vai até sexta-feira (30).

Em uma palestra online, o monge espanhol  falou sobre “o desafio de concretizar o Sínodo”. Citando a constituição apostólica Episcopalis communio, publicada pelo papa Francisco em 2018, o bispo disse que o ponto de partida e de chegada da implementação é o povo de Deus, e os organismos de participação “devem existir em todas as dioceses e ter funcionamento”.

A “sinodalidade não é um fim em si mesmo, mas aponta para a missão”, disse Luís Marín, Segundo ele, ela é “caminho de reforma estrutural”, “um caminho de renovação espiritual dos indivíduos, das comunidades, da Igreja”.

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“Temos de tomar decisões para mudar estruturas, que são um meio, e, se não servem, se muda”.

“A sinodalidade deve ser uma dimensão constitutiva da Igreja”, continuou. “Deve envolver as dioceses e conferências episcopais e todos os organismos das dioceses”.

O documento final publicado em 26 de outubro passado, disse, é o “material básico” para o trabalho de implementação.

Ele exortou os bispos a superarem o perigo da indefinição, que é observado em alguns lugares, e a não apenas falar da sinodalidade, “mas viver a sinodalidade”.