Recursos

NOTICIAS 02-06-02

O domingo sem ir à Missa perde todo seu sentido, disse o Papa

VATICANO, 02 Jun 02 (ACI).-  Ao recordar que na Itália e outras nações do mundo a Solenidade de Corpus Christi foi trasladada a este domingo, o Papa João Paulo II pediu aos cristãos a recuperar o sentido do domingo como Dia do Senhor.

"A comunidade se reúne em torno da Eucaristia e Nela adora o tesouro mais precioso: Cristo realmente presente sob a espécie do pão e do vinho consagrados", disse o Pontífice, ao assinalar que a compreensão da "fascinante profundidade desta presença de Cristo sob os sinais do pão e do vinho" é necessária "a fé vivificada pelo amor".

O Dia do Senhor

É pela centralidade da Eucaristia que os cristãos, desde seus inícios "reuniam-se no dia do Senhor para renovar na Santa Missa o memorial da morte e ressurreição de Cristo", explicou o Pontífice.

Assim, "o domingo é o dia de repouso e louvor agregou-, porém sem a Eucaristia perde seu verdadeiro significado. Por isso, na Carta Apostólica Novo milênio ineunte, tenho proposto, como compromisso pastoral prioritário, a revalorização do domingo, e com este, o da celebração eucarística":

O Pontífice recordou assim o que escreveu na Carta Apostólica a respeito disso: "Portanto, quisera insistir, na diretriz da Exortação Dies Dominit, para que a participação na Eucaristia seja, para cada batizado, o centro do domingo. É um dever irrenunciável, que se tem de viver não somente para cumprir um preceito, e sim como necessidade de uma vida cristã verdadeiramente consciente e coerente".

"Peçamos à Mãe do Senhor de todo homem o poder beber da doçura da comunhão com Jesus e converter-se, graças ao pão da vida eterna, partícipe de seu mistério de salvação e santidade", concluiu o Papa.

 

Conferência Episcopal brasileira doará 10 mil Bíblias à igreja em Moçambique

RIO DE JANEIRO, 02 Jun 02 (ACI).- No próximo 6 de junho, às 9:30 da manhã, no marco da celebração da Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, a Região Sul 3 da Conferência Episcopal brasileira (CNBB) doará 10 mil Bíblias para a igreja em Moçambique.

A cerimônia, que será realizada na casa de Retiros Vila Betânia, em Porto Alegre, contará com a presença de Dom Germano Grachane, Bispo de Nacala e Presidente da comissão de Evangelização da Conferência Episcopal de Moçambique; Dom Dadeus Grings, Arcebispo de Porto Alegre e Presidente da Região Sul 3 da CNBB; Táurio Brand, Presidente do grêmio de Educação Católica; e Alcidia Guareschi, Presidenta da Conferência dos Religiosos de Brasil.

Segundo informaram fontes confiáveis, a impressão das Bíblias foi possível graças à colaboração espontânea da população gaúcha e a uma coleta que se iniciou em agosto do ano passado.

Ao mesmo tempo, para a mobilização foi necessário o apoio de muitos alunos dos colégios católicos do país.

 

UNICEF financia livro que promove aberrações entre crianças mexicanas

MÉXICO DF, 02 Jun 02 (ACI).- O Fundo da Infância da ONU (UNICEF) desatou um escândalo no México ao financiar um livro que promove entre as crianças as relações sexuais precoces, o homossexualismo e aberrações sexuais com animais.

Segundo uma denúncia da organização Vida Humana Internacional (VHI), a UNICEF financiou a publicação do livro intitulado "Elementos teóricos para o trabalho com as mães e as adolescentes gestantes", no qual também sustenta que a saúde reprodutiva inclui o aconselhamento sobre a sexualidade, gestação, anticoncepcionais, aborto, infertilidade, infecções e enfermidades.

Em uma ordem para parar o escândalo, Alfred Ironside, porta-voz da UNICEF, disse não saber quantos exemplares do livro haviam circulado e afirmou que "se imprimiu um número pequeno que foi tirado de circulação quando o conteúdo foi revisado com maior cuidado".

Logo após, reconheceu que "o livro foi produzido pelo governo mexicano com o apoio financeiro da UNICEF, como parte do apoio que a UNICEF lhe dá ao citado governo" e agregou que o livro "tinha por objeto ser um manual de capacitação para as pessoas que trabalham na prevenção de gestação às adolescentes".

Ironside afirmou também que o livro era "uma compilação de artigos de diferentes autores, em cuja fachada do livro se diz claramente que as afirmações contidas nela não necessariamente refletem as posturas das Nações Unidas".

Segundo VHI, Ironside "admitiu implicitamente que no início não havia se revisado cuidadosamente o livro, que está dirigido às crianças" e haveria que perguntar "que sentido tem, dizer que as Nações Unidas não se responsabiliza pelas posturas aberrantes de um livro que essa própria organização financiou?".

O organismo a favor da vida assinalou que isto permite "afirmar que a UNICEF não é uma organização que ajuda as crianças, e sim que está dedicada a matá-los através do aborto ou, se têm a sorte de permanecerem vivos, pervertê-los através de sua 'educação' sexual".

 

Funcionários de EE.UU. advogam por apoio a transição pacífica em Cuba

WASHINGTON DC, 02 Jun 02 (ACI).- Se o governo dos Estados Unidos deseja promover a democracia em Cuba deve apoiar os grupos opositores, que está buscando reformas pacíficas na Ilha. Este é, em resumo, o pedido de funcionários nacionais que estão advogando por ajuda estadunidense em iniciativas como o Projeto Varela.

A chefa da Seção de Interesses dos Estados Unidos em Havana, Vicky Huddleston, afirmou da Flórida que o governo estadunidense deverá apoiar os grupos opositores cubanos, para que se possam produzir mudanças democráticas na ilha.

Durante um almoço em West Palm Beach, ao norte de Miami, organizado por um grupo cívico local, Huddleston afirmou que o apoio estadunidense à dissidência interna é a chave para evitar que o regime comunista continue na ilha quando o governante cubano Fidel Castro, já não estiver no poder.

Huddleston mencionou o Projeto Varela, que foi apresentado recentemente por aqueles opositores, acompanhado por mais de 11 mil assinaturas, ante a Assembléia Nacional do Poder Popular de Cuba.

O Projeto Varela busca a organização de um referendo em temas como a liberdade de expressão e grêmio, anistia para os presos políticos, maior espaço para a livre empresa e nova lei eleitoral.

"O cenário está preparado para mudança. Nunca antes em Cuba o governo havia enfrentado uma oposição. Isto nos dá uma oportunidade única'', considerou a diplomata e agregou que agora exige a "republicanos e democratas, buscar os aspectos que temos em comum sobre Cuba, condições internas e como mudá-las para dar aos cubanos voz e voto''.

Huddleston disse também que o fator decisivo é preparar os cubanos para que tenham "melhor capacidade para decidir como e quando se deve produzir uma transição pacífica".

 

Sociedade argentina necessita leigos comprometidos em todos os setores

BUENOS AIRES, 02 Jun 02 (ACI).- O Bispo de Posadas, Dom João Rubén Martínez, afirmou que "um dos grandes desafios na ação evangelizadora da Igreja" é apoiar a formação de leigos comprometidos que possam atuar em todos os setores sociais.

Segundo o Bispo, é contraditório dizer que "há uma grande ausência de cristãos na política, nas obras, no sindicalismo e nos meios de comunicação" porque "se lhes perguntamos por suas identidades religiosas a maioria se manifestará cristãos".

Contudo, assegurou que "há uma grande ausência de leigos, cristãos comprometidos que queiram viver a partir da fé suas vidas, critérios e maneiras de trabalho" e uma das causas desse fenômeno é, precisamente, a "falta de formação", porque "entram na selva do mundo e, supostamente, não perseveram muito como cristãos".

Em declarações à agência argentina AICA, o Bispo sustentou que em sua diocese é evidente o "crescimento de instrumentos de formação para leigos nas paróquias, movimentos e associações" e um exemplo disto é a escola de teologia para leigos de Posadas, chamado "Instituto de Teologia e Pastoral" na paróquia Santos Mártires.

Para Dom Martínez a formação leiga "não tem somente um aspecto intelectual, e sim ainda implica uma dimensão humana, espiritual e doutrinária. A referida formação deve abrir a possibilidade para que os leigos cresçam nos princípios da fé e no magistério da Igreja, de tal maneira que referida formação lhes permita viver com sentido de fé e liberdade a vida cotidiana com suas famílias e em todos os ambientes".

"Um leigo, quando está suficientemente formado, adquire uma profunda comunhão com a Igreja e, por sua vez, uma verdadeira autonomia para aprender e julgar as situações que lhe cabe viver de acordo com sua reta consciência", assinalou.

Também, pediu revisar o tipo de formação que se oferece aos leigos e questionar "por que muitos cristãos que realizam um caminho de formação, um catecumenato, aumentam nas atitudes intra eclesiais e não assumem o mais específico de sua missão no que se refere à evangelização das realidades temporárias? Ou, por que quando as assumem muitos deles abandonam rapidamente seu compromisso cristão?"

"Não duvidamos -concluiu- da complexidade e exigências do mundo que nos cabe viver e sabemos que muitas vezes ser coerentes e testemunhas é uma missão quase heróica, porém é ali onde o laicato deve estar e nosso tempo tanto necessita".

 

Livro revela extensão de perseguição anticristã no mundo

ROMA, 02 Jun 02 (ACI).- Na Arábia Saudita, filipinos católicos que se reúnem para rezar recebem açoites na cabeça, enquanto seus similares no Paquistão e Sudão são encarcerados acusados de "blasfemar" contra o Islã.

Segundo um revelador e arrepiante livro, estas são somente algumas das numerosas realidades de perseguição de cristãos que ocorrem no mundo inteiro, e que constituem uma das formas de violação de direitos humanos mais brutais e por sua vez ignoradas por ocidente.

Trata-se de da obra de Antonio Socci, "Primeiro nuovi perseguitati. Indagine sulla intolleranza anticristã nel nuovo secolo do Martírio" ("Os novos perseguidos. Uma Pesquisa sobre a intolerância anticristã no novo século do martírio"), publicada até agora somente em italiano pela editora Piemme, na qual se descreve como o mosaico do martírio que sofrem os cristãos no mundo: uma das atrocidades mais silenciosas.

A obra passa uma aterradora revista dos cristãos que sofrem torturas, separação e até a morte ao redor do mundo: da China ao Sudão, da Indonésia a Nigéria.

Antonio Socci, segundo o crítico de temas religiosos de Sergio Magister, oferece "páginas fortes, documentadas, onde inclusive as coisas já sabidas aparecem novas e inéditas, somente porque estão recompostas por um desenho unitário".

Porém, sobretudo, agrega Magister-, no livro, Socci ensaia uma resposta à pergunta mais inquietante. A do silêncio e a indiferença do Ocidente.

Já não são "seus"

Segundo Magister, chama a atenção que a violência contra os cristãos já não seja vista pelo Ocidente como um problema "seu", pertencente a sua identidade. E se os defende algum dia, o faz porque vê feridos alguns direitos genéricos.

O livro, diz o experto italiano, "interpela a ONU e a sua Comissão por aqueles direitos humanos, na qual sinta-se inclusive o Sudão, um dos países do mundo mais contra a liberdade e desenfreado na perseguição de cristãos".

 

Missionário espanhol recebe distinção papal por ajudar a católicos perseguidos

MADRI, 02 Jun 02 (ACI).- O Papa João Paulo II distinguiu com a "Cruz Pró Ecclesia et Pontífice" ao trabalho da Aliança do Credo pela Igreja do Silêncio, uma organização criada há 50 anos e encorajada pelo missionário claretiano José Maria Pita da Veiga para assistir aos católicos que sofreram perseguição durante os regimes comunistas da Europa do Leste.

Com a distinção, o Pontífice destacou o trabalho de ajuda espiritual e material, comunhão eclesial e oração que, durante quase cinco décadas, o grêmio desenvolveu a favor da Igreja nos países do Leste.

A entrega da condecoração ocorreu nesta semana na sede da Conferência Episcopal Espanhola, com a assistência do presidente da Comissão Episcopal do Apostolado Secular e do Bispo de Salamanca, Dom Braulio Rodríguez.

Ainda que a Aliança considera que com a queda do muro de Berlim e a chegada dos novos ares de liberdade nos países da Europa do Leste, terminou sua missão o Episcopado Espanhol, através da Comissão de Apostolado Secular quis reconhecer o apoio que o grupo ofereceu à Igreja na época do martírio.

Pe. Pita foi conciliador do grêmio "Aliança do Credo" e, juntamente com a irmã Coração, das Missionárias Cruzadas da Igreja; animou, orientou e canalizou suas atividades e esforços em favor da Igreja do silêncio.

Na entrega da distinção estiveram vários missionários claretianos, familiares do religioso, Dom Casimiro López, Bispo de Zamora e Dom Atilano Rodríguez, Bispo Auxiliar de Oviedo.

Pe. Pita nasceu em El Ferrol (La Coruña) em 1927, fez sua profissão religiosa como missionário claretiano em 1946, e foi ordenado sacerdote em 3 de maio de 1953 em Santo Domingo de la Calzada (La Rioja).

Em seu trabalho pastoral, trabalhou com os jovens no santuário del Corazón de María (Madri), chegou a ser diretor nacional das Juventudes Cordimarianas, desenvolveu atividade vocacional no colégio Claret e, desde 1985, no Colégio Maior Universitário Jaime del Amo, em Madri.

Nossa missão é a verdade. Junte-se a nós!

Sua doação mensal ajudará nossa equipe a continuar relatando a verdade, com justiça, integridade e fidelidade a Jesus Cristo e sua Igreja.