A Santa Sé divulgou nesta terça-feira, 3, o vídeo de intenções de oração do papa Francisco para agosto. Neste mês, o pontífice pede que “rezemos pela Igreja, para que receba do Espírito Santo a graça e a força de se reformar à luz do Evangelho”.

No vídeo, Francisco afirma que “vamos começar a reformar a Igreja com a reforma de nós mesmos. Sem ideias pré-fabricadas, sem preconceitos ideológicos, sem rigidez, mas avançando a partir de uma experiência espiritual, uma experiência de oração, uma experiência de caridade, uma experiência de serviço”.

Segundo o papa, “a vocação própria da Igreja é evangelizar, e isso não é fazer proselitismo”. Para Francisco, “só podemos renovar a Igreja a partir do discernimento da vontade de Deus na nossa vida diária” e “empreendendo uma transformação guiados pelo Espírito Santo”.

O papa disse, então, que a transformação é “a nossa própria reforma como pessoas”. “Deixar que o Espírito Santo, que é o dom de Deus nos nossos corações, nos lembre do que Jesus ensinou e nos ajude a colocá-lo em prática”. Por isso, pediu para “começar a reformar a Igreja com a reforma de nós mesmos”.

“Sonho com uma opção ainda mais missionária, que vá ao encontro do outro sem fazer proselitismo e que transforme todas as suas estruturas para a evangelização do mundo de hoje. Recordemos que a Igreja sempre tem dificuldades, sempre tem crises, porque está viva. As coisas vivas entram em crise. Só os mortos não entram em crise”, afirmou.

Os vídeos de intenção de oração do papa Francisco são divulgados mensalmente pela Rede Mundial de Oração do Papa, uma obra pontifícia que tem a missão de mobilizar os cristãos através da oração e da ação para enfrentar os desafios da humanidade e da missão da Igreja.

Ao comentar o vídeo de intenção de agosto, o diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, padre Frédéric Fornos, contou que “já no final do ano passado, alguns dias antes do Natal, Francisco queria desenvolver o tema da diferença entre conflito e crise, para deixar claro que de uma crise pode sair algo positivo”.

“É um momento propício para o Evangelho e a reforma da Igreja. Como diz o Santo Padre: ‘Devemos ter a coragem de estar prontos para tudo; devemos deixar de pensar na reforma da Igreja como um remendo em uma roupa velha’. Diante da crise, a primeira coisa que podemos fazer é aceitá-la, como um momento propício para buscar e reconhecer a vontade de Deus”.

Para o padre Fornos, “isso significa não se cansar de rezar, como insiste o papa; não cansar de seguir o exemplo de Jesus no serviço, na caridade, no encontro com o outro, com quem sofre, com os mais vulneráveis ​​e com quem mais precisa”.

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