A Pastoral Juvenil em Venezuela dirigiu uma mensagem no contexto das eleições parlamentares de 6 de dezembro a fim de encorajar os jovens a emitirem um “voto consciente” o qual seja ciente das propostas que promovam, entre outras coisas, “a defesa da vida e dos direitos humanos”.

A mensagem é resultado da 29° Assembleia Nacional de Pastoral Juvenil realizada recentemente em Los Teques.

No texto, enviado ao Grupo ACI, recordam aos jovens a sua responsabilidade de “construir o destino de nossa sociedade” e, portanto, “temos o dever como venezuelanos e católicos de acudir conscientemente a exercer o voto” a fim de renovar as autoridades parlamentares.

“A juventude católica se caracteriza pela alegria, respeito, solidariedade, união, tolerância e, sobretudo, pela nossa fé”, indicaram.

Nesse sentido, assinalaram que “o voto consciente deve considerar as propostas que promovam a defesa da vida e dos direitos humanos; os valores morais na família e na sociedade; a justiça, a tolerância e a solidariedade; as iniciativas em favor da juventude; assim como a convivência cidadã e o bem comum”.

“Como discípulos de Cristo – assinalaram –, devemos imitar o Mestre que nos ensinou com seu comportamento e suas obras, uma proposta de vida justa, próxima e livre”. “Que Deus nos ilumine e consigamos discernir neste momento histórico, a fim de que possamos ser autênticas testemunhas do amor de Cristo”, concluiu a mensagem.

Venezuela não convidará a OEA

Por sua parte, o chefe da delegação do governo da Venezuela, Germán Saltrón, disse que se não permitirá à Organização de Estados Americanos (OEA) monitorar as eleições parlamentares do dia 6 de dezembro porque “não tem confiança” nesta organização continental.

Entretanto, disse que participarão com missões de monitoro eleitoral a União de Nações Sul-americanas (UNASUR) e a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC), ambas criadas sob influência do falecido presidente venezuelano Hugo Chávez.

Na última vez em que a OEA enviou observadores a Venezuela foi durante as eleições presidenciais de 2006. Entretanto, após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) deixou de convidar as organizações internacionais como a OEA, a ONU e a UE.

Em declarações recentes a ‘El Nacional’, o secretário de assuntos políticos da OEA, Francisco Javier Guerreiro, explicou que as missões de observadores desta organização realizam seu trabalho de maneira autônoma e para isso assina dois acordos com o governo do país ao qual viajam.

O primeiro procura garantir a imunidade dos observadores “contra todo procedimento judicial”, e o segundo é a respeito dos “procedimentos para garantir que a missão obterá toda a informação e os acessos necessários para elaborar suas recomendações”. Desta forma, as missões “determinam onde e como realizarão sua observação”; logo emitem um relatório público.

Entretanto, a legislação eleitoral venezuelana somente permite o "acompanhamento internacional", ou seja, as missões somente “estão presentes nas atividades e nos lugares através dos quais a autoridade eleitoral nacional os conduz com presença de algum representante dessa autoridade, que seria o CNE na Venezuela”.

Ao contrário das missões de observação, as de acompanhamento “não podem emitir declarações. Seu relatório é privado e se apresenta ante a autoridade eleitoral exclusivamente, a qual decide o uso que lhe será dado”.

Saltrón disse que a OEA recebeu “diligências da sociedade civil e de vários partidos da oposição, as entendemos e apreciamos, e nós gostaríamos de poder as atende-las, porque sentimos que essa responsabilidade é nossa”.