A Universidade Católica da América, nos Estados Unidos, reconheceu o esforço e o sacrifício de Jimmy Lai, um leigo defensor da liberdade na China, preso desde 2021 pelo governo comunista chinês.

O centro de estudos concedeu a Lai um título honorário no sábado (14) durante a primeira cerimônia de formatura desde 2019, de 1,5 mil graduados, feita no campus de Washington DC.

O presidente da Universidade Católica da América, John Garvey, entregou o título ao filho de Jimmy, Sebastien Lai, que o recebeu em seu nome, sob aplausos de milhares de pessoas presentes.

O reconhecimento ocorre apenas dois dias depois que o cardeal Joseph Zen, bispo emérito de Hong Kong, foi preso pelo governo comunista, acusado de ajudar a financiar a defesa legal de vários ativistas pró-democracia.

O cardeal Zen batizou Jimmy Lai em 1997, quando tinha 50 anos.

Jimmy Lai nasceu em Canton, China, em 1947. Ele foi para Hong Kong aos 12 anos e começou a trabalhar em uma fábrica de roupas. Depois se tornou um importante empresário dos meios de comunicação.

Ele fundou a revista Next e o jornal Apple Daily. Foi preso várias vezes e detido pelo governo comunista chinês em abril de 2021.

Lai foi a primeira pessoa de alto escalão acusada sob a nova lei de segurança nacional de Hong Kong, supostamente por "conspiração com potências estrangeiras". O cardeal Zen sempre se opôs a essa lei.

Apple Daily, invadido em 2021 por funcionários do governo chinês, foi fechado.

A fé católica de Jimmy Lai foi fundamental em sua decisão de permanecer em Hong Kong e lutar pela democracia. A este respeito, ele disse: "Se eu for embora, eu não só renuncio ao meu destino, eu renuncio a Deus, eu renuncio à minha religião, eu renuncio ao que acredito".

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