A UNICEF, departamento da Organização das Nações Unidas (ONU) criada para proteger à infância, uniu-se a entidades abortistas para, segundo eles, combater a mortalidade infantil e melhorar a saúde de mulheres e crianças, através de uma campanha que inclui o "aborto seguro".

"A principal peculiaridade desta campanha consiste em que alguns de seus principais sócios são entidades que promovem o aborto como a International Planned Parenthood Federation (IPPF), o Fundo da ONU para População (UNFPA), a Fundação Bill & Melinda Gates e outros. Este programa inclui a promoção do ‘aborto seguro’, o que supõe matar aos nascituros no seio materno", afirmou o diretor da Fundação Vida, Manuel Cruz.

Informou-se que esta campanha é coordenada pelo Partnership for Maternal e Newborn & Child Health, entidade dirigida pelo vice-diretor executivo da UNICEF, Kul Gautam, e apoiada pelas Agências para o Desenvolvimento dos Estados Unidos, do Reino Unido, do Canadá e Bangladesh, além da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A Fundação Vida assinalou que embora o objetivo é lutar contra um bom número de enfermidades que afetam às mães, o mecanismo que quer usar é a ampliação do acesso das mulheres "a uma atenção profissional" que faz referência aos "serviços antes e durante a gravidez, durante o período pós-parto, ao igual ao aborto seguro".

Cruz denunciou ao viés ideológico a favor do aborto que sobressaiu no recente congresso Women Deliver (As Mulheres Dão Vida), onde se ignoraram "as verdadeiras necessidades de atenção à saúde materna e infantil".

"De 98 sessões que tiveram lugar ao longo dos quase três dias, 35 trataram da promoção do aborto, enquanto que só seis abordaram a melhora da atenção no parto, três à assistência médica em neonatología e uma sobre o acesso a serviços de urgências obstétricas", assinalou.