Dom Juan Espinoza Jiménez, Bispo Auxiliar de Morelia (México), pediu aos pais para serem amorosos e ternos com seus filhos, pois uma criança vítima de violência familiar é “um delinquente em potencial”.

Em coletiva de imprensa no dia 12 de janeiro, Dom Espinoza Jiménez assinalou acreditar que “as situações de violência intrafamiliar têm raízes em uma vivência também distorcida da família”.

“Os pais de família de hoje também viveram em situações familiares às vezes não muito agradáveis, onde sofreram violência, machismo, injustiça. E levam tudo isso no coração”, disse.

“Por isso, os Papas, o Magistério da Igreja e também as pessoas que refletem sem ter nenhuma fé concordam que a paz começa na interioridade da pessoa, no coração do homem. Ou a violência também se gera aí”, acrescentou.

O Prelado mexicano lamentou que “muitos de nós carregamos ressentimentos, carregamos ódios, carregamos coragem, marcas, feridas, e nunca tivemos a oportunidade de dialogar, de expressá-las. Ou que alguém nos ajude, esteja ao nosso lado, para que possamos eliminar esse ódio, essa raiva, essa coragem, de maneira mais adequada e que essa coragem, esse ódio, esse rancor não sejam descarregados sobre pessoas inocentes, como podem ser os filhos”.

“Muitos dos delinquentes viveram essas situações em suas famílias e carregam um ódio muito grande. Por isso, são capazes de fazer atrocidades, porque é a forma como desafogam isso que vivem em seu interior e que não suportam”, assinalou.

Dom Espinoza Jiménez pediu às mães para que sejam “mais amorosas, mais carinhosas com os filhos”. E expressou seu desejo de que os pais, sempre vistos como “a figura de autoridade na família”, também “possam manifestar o amor, a misericórdia, a ternura aos seus filhos”.

“Uma criança que recebe amor, carinho, compreensão na família vai ser uma pessoa de bem na sociedade”, disse, enquanto uma “criança espancada, maltratada, educada com más palavras, com descuido, que não é atendida, temos aí um delinquente em potencial”.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.

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